
Reunião em Lagoa de Roça discute definição do Plano de Ação Territorial para a cultura da Mandioca no Território da Borborema
Lideranças da agricultura familiar de municípios do Território Borborema participaram de uma reunião na última terça-feira, 10 de junho, para definição do Plano de Ação Territorial (PAT) para a cultura da Mandioca no Território da Borborema.
O evento aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Sebastião de Lagoa de Roça, Agreste paraibano, e contou com extensionistas rurais, agricultores e agricultoras, lideranças políticas dos municípios; da agente do Desenvolvimento do Banco do Nordeste, Patrícia Neves que apresentou proposta para o lançamento à ser lançado em dias próximos futuros destinando recursos ao desenvolvimento do arranjo produtivo da mandiocultura naquele território fazendo parte das ações do Planes/PB, Plano Estadual de Fortalecimento e Desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais da Paraíba.
“A gente percebe que os agricultores e as instituições estão cada vez mais empenhados em promover o desenvolvimento da cultura da mandioca, os produtores você vê na face de cada um o semblante de alegria em poder está contribuindo, participando e buscando aplicar novas tecnologias, revitalizando essa cultura que coloca o pão e o dinheiro na mesa e no bolso de cada família”, justifica o coordenador do Planes/PB, Adelaido de Araújo Pereira, ao dialogar com Stúdio Rural, detalhando a realidade e soerguimento da cultura em regiões diversas da Paraíba a partir de seu processo de organização num plano mais articulado, via Planes/PB, na busca de maior intervenção do poder público, das associações, cooperativas, do setor privado, dentre outros, e disse acreditar na tendência de acentuado crescimento da cadeia tomando como base a diversidade de subprodutos da cultura geradores de grande interesse dos setores de mercado e de consumo humano e na diversidade da pecuária, do melhoramento genéticos de variedades da cultura de outros fatores. “A gente precisa trabalhar com a alimentação segura e a segurança alimentar para nossas populações, e nesse sentido nós estamos numa batalha árdua de como regulamentar nossas casas de farinha pra dar condições das nossas unidades de processamento da agricultura familiar com recursos e condições”, explica Adelaido acrescentando que atualmente o estado registra mais de 400 casas de farinha sem ainda contar com as condições de comercializar seus produtos nas exigências do mercado formal.
“Estamos aqui em São Sebastião de Lagoa de Roça envolvendo os seis municípios que são além de Lagoa de Roca, Lagoa Seca, Esperança, Areal, Montadas e Puxinanã com um grupo de produtores, junto com os técnicos da Empaer, mais os secretários da Agricultura de cada município e a gente está desenvolvendo o Plano de Ação Territorial do Prodeter que é o Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste com a metodologia, os objetivos, a questão de ações diversas e hoje nós estamos elencando ações importantes a serem executadas em curto prazo, que são ações de até um ano, e, graças a Deus e também ao interesse do produtor, a reunião está acontecendo com a presença de todos os municípios envolvidos no Prodeter”, explica a agente de desenvolvimento do BNB e gestora do Prodeter, Patrícia de Vasconcelos da Silva Neves, em entrevista ao Stúdio Rural.
“Nós estamos aqui em São Sebastião de Lagoa de Roça com o Banco do Nordeste, com a Empaer, com entidades e vários agricultores e agricultoras debatendo sobre a gente investir na cultura da mandioca que já foi muito importante na agricultura familiar onde há cerca de 50 anos, por exemplo, ela aqui era um celeiro de produção, as casas de farinha funcionavam e só paravam no domingo e nós tínhamos grandes produções onde a farinha era tida como boi do pobre porque realmente era quem segurava o sustento das famílias, eu posso dizer que não passei fome porque meu pai plantava muito essa cultura e toda semana fazia farinha (no período dos verões) e era com essa farinha que a gente vendia no sábado na Feira Central de Campina Grande e fazíamos a feira”, comemora o diretor do STR de Lagoa Seca e componente do Polo Sindical, Nelson Ferreira dos Santos, dizendo acreditar que a cultura tem tudo pra voltar com força por fatores positivos diversos.
“Essa é uma importante iniciativa do Banco do Nordeste porque a mandioca é uma cultura importantíssima pra região semiárida, e essa iniciativa do Banco do Nordeste, através do Prodeter, é fundamental porque dá estrutura, inclusive crédito, e organiza a parte técnica para um bom desenvolvimento de uma boa exploração dessa cultura”, justifica o analista técnico do Senar/PB, Carlos Alberto Patrício da Silva, ao dialogar com Stúdio Rural, acrescentando que o Senar é parte do projeto à medida que entra com a capacitação com Assistência Técnica e Gerencial com ações que serão sequenciadas a partir de trabalhos que já são feitos na região do Litoral e no Sertão da Paraíba. “Estamos já saindo do Litoral até o Sertão, pra você ter uma ideia, nós começamos nos municípios de Pilar, Mari, São Miguel do Taipu e já chegamos a Princesa Isabel, no Alto Sertão, com a cultura da mandioca”, explica Patrício.
Conforme Patrícia Neves, os próximos passos serão marcados com o lançamento do Proderter, na primeira semana de julho próximo, com a participação da diversidade de representações de entidades dos municípios envolvidos no projeto a exemplo da extensão rural e assistência técnica, sindicatos, associações, cooperativismo, legislativos e gestões municipais, dentre outras.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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