
Reunião em Queimadas avalia e planeja ações para fortalecer Feira Agroecológica municipal
Agricultoras familiares agroecológicas do município de Queimadas e da ONG Casaco Cariri estiveram reunidas no dia 12 deste mês objetivando avaliar as três primeiras edições iniciais da Feira Agroecológica daquele município que está acontecendo desde a segunda quinzena de dezembro, todas as sextas-feiras, no pátio do Povo, área central daquela cidade.
O encontro aconteceu no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, numa promoção daquele sindicato com participação da Ecoborborema, associação responsável pela organização do conjunto das feiras agroecológicas que já são trabalhadas em diversos municípios do Polo Sindical da Borborema.
Diversos temas foram colocados em discussão para a estruturação eficiente da feira a exemplo das ações de divulgação, tipo e quantitativo das sacolas numa sintonia com as diversas feiras da Ecoborborema, critério de aceitação de possíveis novas adesões, qualidade dos produtos a serem ofertados e critérios de acompanhamento junto as famílias agricultoras num processo de participação que envolva o consumidor e como parte das decisões ficou acertado que todas as primeiras terças-feiras de cada mês ficará acontecendo reuniões de avaliação e planejamento da feira. “É um momento de organização da feira onde reúne todo o pessoal que está vindo botar seus produtos nas barracas, é um momento de avaliação, de planejamento para que essa feira se consolide o mais rápido possível”, explica a componente da ONG Casaco, Maria Célia Araújo.
Ao dialogar com nosso público ouvinte, Célia falou da expectativa da feira tomando como referência a chegada das chuvas, o trabalho que vem sendo feito pelas entidades locais e o potencial que tem o mercado queimadense que é tido como um dos que mais cresceu nos últimos anos na região. “Com certeza, mas requer também momentos de paciência tanto por parte dos agricultores e das agricultoras que estão envolvidos na feira como da população de Queimadas, na realidade são produtos diferenciados que requer uma produção diferenciada e requer também um consumidor diferenciado, mas é um momento oportuno, momento que a gente tem expectativa de um bom ano de chuvas, tendo chuvas vai ter armazenamento e acreditamos que um bom volume de produção, agora a gente precisa aguardar que os agricultores amadureçam naquilo que produzem já que requer um tempo para a produção que vai depender do produto que você colocou na terra com 60, 120 dias e chega produtos que requerem seis meses, se for fruteiras três anos e então uma feira tem seu tempo de consolidação”, explica aquela liderança ao conversar com o público ouvinte Esperança no Campo e Domingo Rural da Queimadas FM e Serrana de Araruna AM.
Diógenes Fernandes é componente da Ecoborborema, associação responsável pela organização do conjunto das feiras agroecológicas nos municípios do Polo da Borborema e garantiu que, após a realização de três edições da feira, as representações resolveram sentar para avaliar sobre avanços e desafios, mas também fazer um planejamento para fortalecer o trabalho numa verdadeira sintonia com as diversas outras feiras que já acontecem em municípios diversos do Polo. “Os agricultores e agricultoras feirantes avaliaram essa feira como muito positiva, mesmo porque muitos eles não tinham nenhuma experiência em comercializar seus produtos, então eram produtos vendidos ao atravessador ou outros já que eles não tinham esse traquejo de estar indo pra feira vender seus produtos, então eles têm colocado isso como uma coisa muito positiva pra eles e que tende também a melhor muito a vida deles, sabemos que estamos ainda avançando e vamos avançar muito mais porque está ainda num período de estiagem, as famílias ainda tem bem pouco a ofertar, mas daqui há dois meses, se Deus quiser, quando chegar o inverno e tiver água eles vão conseguir diversificar muito mais o seu espaço de produção e poder ter uma diversidade maior na feira”, explica aquela liderança em contato com o público ouvinte de nossos programas via emissoras parceiras.
Agricultora residente na comunidade Serra Alta, Marcelânia Machado da Silva disse da importância da feira enquanto espaço gerador de renda, de oferta de alimentos com qualidade diferenciada e ao mesmo tempo espaço gerador de cidadania já que representa espaço em que se amplia o processo da construção das novas amizades, novas formas de fazer negócios e diz que há boa expectativa para a continuação da feira que está em seu começo. “Sim, porque a gente viu que a gente começou em período em que não estava chovendo ainda, mesmo assim fez bastante sucesso, então a partir de agora com as chuvas a expectativa é bem maior porque teremos mais variedade de alimentos o que vai ampliar a feira totalmente”, explica aquela liderança que faz parte do grupo de jovens agricultores e agricultoras daquele sindicato com acesso à políticas públicas a exemplo dos fundos rotativos de animais que vêm incluindo a juventude municipal no processo de produção agrícola e ao mesmo tempo no processo de sucessão camponesa. “Quem vem sempre volta, a gente já tem até aqueles fregueses certos que já estão ali, quando a gente abre a feira eles já estão chegando, tem uns que vem pra tomar café ali com tapioca ou com bolo o que já fica certo e chegam dizendo: sai sem tomar café e vim para tomar café aqui com vocês na feira”
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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