SOS Sertão promove mais um Circuito de Intercâmbios de agricultores e agricultoras em manejo da caatinga

Agricultores e agricultoras familiares de municípios da região do Curimataú paraibanos, assessoradas pela assessoria técnica da SOS Sertão, dentro das ações do Projeto Bem Viver Semiárido, participaram de mais um intercâmbio nas dinâmicas do Manejo da Caatinga em Sistemas Agrossilvipastoris no Semiárido.

O evento aconteceu na última sexta-feira, 22 de setembro, no Sítio Nancy Trovão, comunidade Campos de Emas, em Caturité, Cariri Oriental, de propriedade do Professor da UFPB e INSA-MCTI, Jonas Duarte, e contou com participação de 45 agricultores e agricultoras do município de Soledade e Damião, beneficiárias do Projeto Bem Viver Semiárido, além de técnicos e pesquisadores. “Na ocasião, foram visitadas experiências de tecnologias sócio produtivas como biodigestor na produção de energia para uso domiciliar e no Laticínio, recuperação de solo com palma em curvas de nível e capim tifton, raleamento e enriquecimento da Caatinga para produção de forrageiras e pastoreio animal, banco de forragens e jardins no entorno da casa como espaços silvipastoris para criação animal (caprinos e aves) em regime rotativo”, explica a secretária da SOS Sertão, Raquel do Nascimento Silva.

Aquela secretária lembrou que esse é um segundo coletivo de agricultores e agricultoras a participar naquela unidade produtiva e acrescentou que as trocas de experiências provocaram muita interação e aprendizados, sobretudo na forma de enxergar as suas unidades produtivas e seus sítios, destacando a possibilidade de utilização ao máximo dos recursos da Caatinga manejando-a, para criação animal e para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. “

Raquel classificou o evento como de elevado nível tomando como referência o grau de satisfação dos participantes ao fizerem avaliação numa roda de conversas ao final do evento e colocou como exemplo a opinião da agricultora Telma Januário Ramos, da comunidade Barrocas, zona rural de Soledade, ao classificar o evento como de fundamental importância por apontar possibilidades de replicar em sua unidade produtiva e das famílias que vêm sendo acompanhadas pela SOS. “O encontro foi muito bom, a gente viu que pode fazer um trabalho tão importante como esse e num gastar tanto, usando a técnica do pé de galinha que é uma prática rudimentar para fazer a curva de nível”, comenta a agricultora comentando um conjunto de ações já acontecidas no projeto. “Pra gente que vivenciou a poucos dias o dia de campo em Camará, viu que é possível plantar cuidando da terra, sem derrubar as arvores, e aqui a gente tá vendo que pode plantar pra fazer ração do animal e ainda tá cuidando da natureza, como o capim que ajuda a segurar e proteger a terra”, reforça Telma.

“Já para o anfitrião, amigo e parceiro professor Jonas, o que ele realizou em sua propriedade é para descanso, cuidado e estudo. Ele acredita que cuidar e recuperar a natureza é trazer saúde para ele e para a terra que tanto precisamos, e estudo porque ele faz experiências em parceria com o INSA na sua propriedade como é um caso de sucesso recuperar uma área degradada de solo compactado como era a estrada e hoje colher um resultado muito satisfatório de uma área recuperada”, argumenta Raquel ao dialogar com Stúdio Rural, lembrando que a atividade foi promovida pela SOS Sertão dentro do Projeto ATER Bem Viver Semiárido em parceria com a ANATER e o MDA, atendendo 250 famílias do Curimataú paraibano.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural / com Raquel Nascimento

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