Stúdio Rural evidencia quadras chuvosas em diversos Sertões do semiárido

Regiões em que a agricultura familiar já plantou e está em processo de colheita da diversidade dos produtos agrícolas, outras em que as chuvas aconteceram e foram seguidas de veranicos são temas do Programa Domingo Rural do último domingo(13) e o Notícias Agrícolas a partir de participação de lideranças de entidades, da agricultura familiar e técnicos da extensão rural.

Stúdio Rural trabalhou participações de diversos ouvintes dos sertões de região Serra do Teixeira, Cariri Ocidental, Cariri Oriental paraibano; Sertões do Oeste e Médio Oeste do Rio Grande do Norte; e sertões do Pajeú e Araripe pernambucano que fizeram um balanço da realidade do tempo nestes dois meses iniciais de 2022.

Na região Cariri Oriental o tempo é de espera pelas precipitações permanentes, embora já se tenha registado chuvas e veranicos graduais, explica o agricultor e mobilizador social no Assentamento Serra do Monte, em Cabaceiras, Jerônimo Sampaio de Araújo.

No Cariri Ocidental alguns municípios já registraram chuvas porém não o suficiente para, após o preparo do solo, efetivar o plantio e esse plantio se desenvolver com as culturas corriqueiras como milho e o feijão, alguns municípios choveram um pouco mais como o município de Taperoá, Livramento, Umbuzeiro, Zabelê. Em síntese a região tem expectativa dentro do mês de março como referência, conforme o assessor técnico da Empaer do município do Congo, Carlos Alexandre Batista da Silva.

Na região do Sertão da Serra de Teixeira, conforme o coordenador da ONG CEPFS, em Teixeira-PB, José Dias Campos, tem havido preparação, tem chovido em alguns locais com mais intensidade e noutros limitadamente. Dias explicou que as cidades de Teixeira e Maturéia estão já em situação de pré-colapço  de abastecimento acrescentando que a situação é menos crítica para o setor rural em razão da existência das cisternas de placas construídas pelas entidades da ASA nas dinâmicas de mobilização e convivência com o semiárido.

Na região do Sertão do Pajeú pernambucano, conforme o presidente da Associação Agroecológica de Certificação Participativa do Pajeú e diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Serra Talhada, Claudevan José dos Santos, a perspectiva é boa com janeiro registrando chuvas e veranicos e fevereiro registrando chuvas mais permanentes que têm proporcionado prepara dos campos e plantio das culturas. A realidade se confirma para o grupo de mulheres agricultoras agroecológicas da comunidade rural Escadinha e adjacências, na zona rural de Serra Talhada, conforme participação da agricultora Nadja Maria(foto).

No Sertão do Araripe as chuvas e plantios tiveram início durante os meses de outubro e novembro de 2021 e neste fevereiro já se encontra com colheitas de culturas diversas com expectativa de reinício de chuvas neste mês dando condições de novos plantios. “Aqui na região do Araripe que é composta por dez municípios o inverno começou cedo, teve município que as chuvas já começaram em outubro, mais controlado outubro e novembro que choveu bastante nestes dois meses, foi até mais do que o esperado porque o inverno costuma começar de dezembro pra janeiro, então temos agricultores que já estavam com terra pronta”, explica o agricultor Francisco Barbosa Rodrigues de Lima, Nego, residente em Exu-PE, explicando que feijão e milho estão sendo ofertados na alimentação das famílias e que este mês a expectativa é de que as chuvas retomem e plantios sejam executados, inclusive do algodão agroecológico.

No Oeste do Rio Grande do Norte ainda é tempo de espera de chuvas para o plantio já que no final de dezembro de 2021 e janeiro desse ano foi com chuva em torno de 200 milímetros com veranico prologado no município de Umarizal e região. “Pra quem trabalha com o algodão agroecológico em que o protocolo pede que a gente plante nas primeiras chuvas, e por isso me adiantei um pouco, cortei meu terreno e cheguei a plantar, mas o que plantei também perdi”, explica o agricultor Francisco de Assis Lima, residente no sítio Cajazeiras de Umarizal, afirmando que a expectativa está para a segunda quinzena de fevereiro e todo o mês de março próximo.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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