A safra agrícola da agricultura familiar nas dinâmicas da produção nos sistemas agroalimentares, contendo o algodão, no município de Taperoá, Cariri Ocidental paraibano, já chega ao ponto de segurança relativamente estável.

José Marcelino Alves Melquíades é componente do coletivo e agricultor familiar residente no sítio Mutamba, Taperoá-PB, ao dialogar com Stúdio Rural explicou que a região apresenta três períodos de plantio com semelhantes fases de colheita, estando as culturas em estágio avançado de maturação da produção o que tem sido motivo de comemoração por parte das famílias produtivas do projeto que iniciou com 12 famílias no primeiro ano, 32 no segundo ano e contabiliza cerca de 80 famílias nesta safra 2022. “Nosso objetivo é que no próximo ano nós possamos atingir mais de 100 famílias já que todos que estão plantando estão muito satisfeitos com a colheita do algodão que está prometendo ter uma boa safra e que vendemos com preços bastante elevados”, explica.

Marcelino explicou que o trabalho vem cada vez mais ganhando sentido a partir das ações desenvolvidas pelas entidades parceiras que passam a intensificar a diversidade de cultivos e culturas na dinâmica agroecológica com o objetivo de agregar valor e ao mesmo tempo conquistar mercados com venda direta aos consumidores. “Através da ACEPAC, que é nossa associação com sede no município da Prata, a gente, além do algodão, estamos plantando o milho, feijão, gergelim, amendoim e o girassol e através das parcerias que a ACEPAC tem com a Diaconia, a Arribaçã e outras instituições, já estamos com perspectiva muito positiva pra agregar valor nesses outros produtos que, com certeza, em breve a gente vai estar vendendo o milho orgânico, feijão, por preços acima do comércio local”, explica dizendo que as parceiras têm ações que apontam para o trabalho de escoamento da produção de culturas nativas e de época como umbu, graviola, pinha, manga, dentre outras culturas que serão beneficiadas em forma de polpa de fruta.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural