
Encontro em Campina Grande aponta perspectivas para o algodão agroecológico em 2025
Agricultores, agricultoras, entidades de assessoria, pesquisa e extensão rural paraibana discutiram o algodão agroecológico trabalhando balanço de resultados do ano 2024 e ao mesmo tempo apontando perspectivas para a safra agrícola 2025, durante evento acontecido no auditório da Embrapa, em Campina Grande.
“Esse tipo de evento onde se compartilha experiências fortalece e inspira os movimentos, então vários grupos e coletivos sociais compartilhando experiências num evento desse ajuda a inspirar o grupo, e o grupo a inspirar o outro, um grupo as vezes consegue resolver um problema que o outro as vezes ainda está tentando resolver e consegue avançar a partir dessa inspiração desse tipo de evento, e no mais ajuda também identificar o conjunto de experiências que estão acontecendo aqui na Paraíba”, explica o assessor da ONG Diaconia, Ricardo Menezes Blackburn, assessor das ações nas regiões dos sertões de Pernambuco.
“Importante esse evento aqui na Embrapa Algodão com as instituições todas juntas aqui levando as informações e trazendo os resultados desse ano 2024, muito importante essa troca de experiência principalmente para os agricultores. O regional de Itabaiana trouxe agricultores do município de Ingá, do município de Itatuba do Movimento dos Atingidos por Barragens, da Cooperativa de Ingá, do município de Itabaiana, e do Assentamento de Salgado de São Félix, então desde de 2009 que a gente produz algodão aqui na parceria da Empaer e os agricultores familiares e todos aqui escutaram e participaram de experiência de outras regiões, experiências da Borborema, das regiões lá do Sertão, do Cariri e isso é muito importante em termos de ensinamento e troca de experiências em perceber as formas de cultivos e a parceria da Embrapa com a pesquisa trazendo novas cultivares e novas informações principalmente na área da mecanização destinada a agricultura familiar, importante por ser a junção de todas as instituições em prol da agricultura familiar”, justifica o extensionista e gerente da Empaer Itabaiana, Paulo Emilio Carneiro de Souza.
“Está sendo um momento muito histórico pra nós do MAB porque é um momento mais uma vez histórico, pela primeira vez aqui na Paraíba o Movimento dos Atingidos por Barragens está ocupando esse espaço, um espaço de pesquisa que a gente não tinha acesso nesses conhecimentos agroecológicos, então a gente está aqui com muitos agricultores e agricultoras num momento ímpar de eles ocuparem esse espaço que é espaço público de pesquisa e produção da agricultura familiar e estamos vendo que não estamos sós, aqui está a Paraíba toda com vários municípios, aqui está a extensão rural da Empaer, do litoral ao sertão, presente trazendo suas experiências e isso nos fortalece em nossas lutas”, explica o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens e agricultor, Osvaldo Bernardo da Silva.
“Esse foi um evento muito proveitoso, foi muito proveitoso porque serviu pra gente entrar em contato com outras instituições, dialogar com os agricultores, entender um pouco das demandas deles, entender um pouco do funcionamento da venda e comercialização do algodão, a Embrapa com papel fundamental que é a pesquisa com desenvolvimento de tecnologias e seus melhoramentos e isso é muito necessário nesse momento visto que precisamos ter algumas orientações com relação as variedades que estão sendo trabalhadas, aos equipamentos que podem ser utilizados como exemplo foi mostrado um pulverizador que que instalado numa moto e a gente pode fazer a aplicação de defensivos naturais de uma forma muito mais rápida”, explica o extensionista Rodolffo Barbosa Travasso, com ações no escritório do município de Boqueirão, Cariri Oriental paraibano citando outras tecnologias trabalhadas como mini arado, plantadeira que acoplados à moto plantam duas linhas de uma só vez. “São espaços em que a gente precisa estar se reciclando e aprendendo e o também bom nesse evento é a troca de saberes quando a gente conversa com um agricultor e ele conta das dificuldades ou das facilidades do que ele está recebendo de melhorias e do que está aprendendo”, reforça Rodolffo ao dialogar com Stúdio Rural.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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