Meliponicultura é tema de intercâmbio com assentados da reforma agrária promovido pela Coonap

A Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP) promoveu no último dia 19 um intercâmbio sobre meliponicultura, no Assentamento Socorro, município de Areia no Brejo paraibano evento que contou com cerca de 30 assentados dos assentamentos: Emanoel Joaquim e União localizados em Areia, Cachoeira Grande em Aroeiras, Chã do Bálsamo em Matinhas, além do Assentamento Belo Monte no município de Cabaceiras.

A informação é da assessora de comunicação daquela cooperativa, Suzana Araújo, explicando que o intercâmbio objetivou promover a troca de experiências entre os assentados que já criam ou que pretendem iniciar a criação de abelhas nativas sem ferrão. “De acordo com a Técnica da COONAP Rosângela Mota o intercâmbio é um momento muito importante para que os assentados possam adquirir novas experiências como também compartilhar com os demais”, explica aquela assessoria ao dialogar com Stúdio Rural. 
Suzana explicou que o intercâmbio foi realizado no lote do agricultor Geraldo Trajano, que cria abelhas sem ferrão da espécie uruçu há cerca de oito anos, juntamente com seu filho o jovem Geraldo Júnior (18), que aprendeu com o pai todo o manejo da criação e que durante o evento o agricultor falou sobre como se iniciou na atividade iniciada com com quatro colmeias e atualmente já possui 400 que estão em dois meliponários que ele construiu no lote.
Aquela assessora explicou que durante o intercâmbio os assentados tiraram suas dúvidas, trocaram experiências a respeito de qual espécie de abelha é adequada para cada região e quais estratégias são usadas para combater a mosca pequena que invade as colmeias e mata as abelhas, tendo como resposta por parte do agricultor de que para combater a mosca pequena ele usa vinagre e o próprio pólen na colmeia, para afastar as lagartixas coloca latinhas na entrada da colmeia impedindo a entrada da lagartixa. “Quanto à organização seu Geraldo mostrou que todas as colmeias são enumeradas e possuem datas para que eles possam fazer o controle de quando foi feito a muda e a retirada do mel. Outro ponto importante que foi abordado pelo assentado foi à questão da preservação das plantas nativas no seu lote”, explica Suzana acrescentando que os assentados também conheceram o processo de extração do mel que é feito através de um motor que faz a sucção do mel por meio de uma mangueira que já extrai o mel direito para um vasilhame de vidro, nesta parte foi bastante explanada a questão da higienização como o uso de touca, luvas e máscara para que o mel não sofra nenhum tipo de alteração.
Ainda, segundo aquela assessora, além dos assentados e técnicos da COONAP, também estiveram presente os componentes da Emepa, Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba técnico Denis Leon e a estagiária Flávia Araújo, ressaltou que a alimentação foi fornecida pelo grupo de mulheres do próprio Assentamento Socorro e que ao final foi realizado uma avaliação entre os assentados e técnicos onde o diretor da cooperativa, José Diniz, fez uma fala agradecendo a participação de todos por um momento tão rico de aprendizado.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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