A volta do uso de fogão e forno a lenha substituindo o gás de bujão está cada vez mais em voga por famílias agricultores em comunidades rurais que vem praticando a agroecologia em municípios da Paraíba.

Um dos exemplos claros da eficiência da agroecologia é a comunidade Pedra D’água, município de Massaranduba, onde as famílias, após passarem a praticar a agroecologia, começaram o resgate do uso do fogão de lenha já que com o modelo de produção passaram a ter, dentre os diversificados produtos na agricultura, a lenha que tem histórico papel enquanto produto utilizado como importante combustível para o preparo da alimentação familiar.

Naquela comunidade, Stúdio Rural conversou com a agricultora Maria Euvira de Barros, Iraci(foto), que falou com nossa equipe sobre a importância do fogo de lenha na economia familiar e garante que, houve um tempo que essa prática tornou-se inviável já que com o processo de devastação ficou quase impossível encontrar lenha na propriedade rural para que fosse usada nas atividades domésticas e diz que num passado próximo chegou mesmo faltar lenha na unidade rural. “Agora eu tenho lenha, porque depois que Louro começou a plantar esses paus, aí não faltou lenha pra mim, graças á Deus”, relata a agricultora ao assegurar que num passado próximo chegou a faltar lenha e que todo ano o marido tinha que comprar a lenha.

Ela disse que as coisas melhoraram desde que a família passou a se articular através do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em parceria com as entidades do Pólo da Borborema já que passaram a trabalhar uma ampla e diversificada linha de culturas e cultivos na unidade produtiva rural familiar e garante que só usa fogão a gás de bujão em horários noturnos ou em atividades rápidas e emergenciais. “Eu uso assim(fogão a gás) pra fazer um café, um arroz, um leite e então de noite porque a gente já deixa tudo pronto pra que de noite a gente possa esquentar só”, explica a agricultora.

O agricultor José Domingos de Barros, é esposo de Maria Ausira e garante que o uso do fogão a lenha é de fundamental importância para a economia familiar e diz que ele mesmo passou a desenvolver plantios de forma diversificada com culturas para a alimentação da família com fruticultura, plantas destinadas a alimentação do rebanho e também culturas destinadas ao fabrico do carvão e utilização da lenha. “Eu vivia desta mesma luta, quando tinha dinheiro comprava um pé de árvore a qualquer um vizinho e hoje de 2004 prá cá eu plantei, hoje tem árvore que você mesmo confirmou com seus próprios olhos, viu pé de árvore que se eu for podar ele hoje dá dez metros de lenha aí eu hoje vivo suficiente para o meu gasto, para o gasto de uma filha que tenho aqui vizinho, de minha cunhada que quando precisa é com a gente mesmo e a agente está pra isso pra plantar mais e incentivar ao agricultor fazer o que eu fiz até hoje”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural