Adoção do café na agricultura familiar do Brejo paraibano: MDA e UFPB lançam o projeto Café com Mandioca na região de Solânea

Entidades da região de Solânea, promoveram, no último dia 17, o V Seminário de Agroecologia, Resistência e Educação do Campo, numa ação parceira da UFPB Campus III, em Bananeiras, com o MDA, lançando o projeto “Café com mandioca” e apresentando meta de fortalecer a agricultura familiar no Brejo paraibano.

O projeto envolve os municípios de Areia, Remígio, Arara, Solânea, Bananeiras, Borborema e Serraria através da melhoria do sistema de propagação da cultura da mandioca e a introdução de cultivares de café objetivando apoiar ações voltadas ao fortalecimento de sistemas agroalimentares em região de altitude no semiárido, contribuindo para a segurança alimentar e geração de renda nessas regiões e no Brejo paraibano é uma parceria entre a UFPB com a Departamento de

Assistência Técnica e Extensão Rural e MDA. “Esse projeto Café com Mandioca é um esforço parceiro entre a Universidade Federal da Paraíba, Campus de Bananeiras, e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, no intuito de promover capacitações para agricultoras e agricultores quanto as culturas do café Coffea arábica em alternativas de produção agroecológica e sistemas agroflorestais para que a gente tenha uma produção atendendo aos requisitos de conservação dos recursos naturais (solo, água, biodiversidade) e possamos ter também a introdução de mais uma cultura de renda e alto valor agregado dentro dos agrossistemas da agricultura familiar”, explica o professor da UFPB Bananeiras Alexandre Eduardo acrescentando que vem sendo feito um trabalho de formação participativa junto a famílias agricultoras dos municípios envolvidos no projeto naquela região brejeira buscando adaptar variedades de cafés nas unidades produtivas em experimentação. “Acreditamos muito nos resultados desse projeto tendo em vista que a região já foi uma região produtora de café até a primeira metade do século XX e também promover melhorias de no sistema de produção de outra cultura importante para a agricultura familiar que é a cultura da mandioca e a universidade tem desenvolvido técnicas de micropropagação numa parceria internacional da nossa universidade com o país de Camarões, na África, difundindo essa técnica, então nós vamos promover atividades de capacitação nessa técnica de propagação da mandioca bem como de boas práticas de fabricação junto ao pessoal que atua nas casas de farinha”, reforça, Eduardo ao dialogar com Stúdio Rural.

O projeto parceiro contempla diretamente 350 agricultores no brejo paraibano e visa continuar com seminários formativos, intercâmbios e oficinas sobre técnicas de melhoria da qualidade do sistema de propagação vegetativa da cultura da mandioca, enriquecimento nutricional da farinha e cultivo de café em sistemas agroflorestais, dentre outros temas que surgirem a partir do desenvolvimento das ações; implantar campos pedagógicos com ações alinhadas ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar do Brejo Paraibano através da Introdução de Cultivares de Coffea arábica L e Inovação do Sistema de Propagação Vegetativa da Manihot esculenta Crantz e seus Derivados. “Esse projeto lançado fortalece os sistemas agroalimentares com o foco em duas culturas super importantes que é a mandioca que é uma cultura de subsistência nessas regiões de altitude, mas também o café que é uma nova cultura que já foi muito forte no passado e começa a ser reintroduzida nessas regiões de altitude do Brejo paraibano, e esse trabalho consiste em todo um de formação numa parceria com a universidade com ensino, extensão e pesquisa pra fortalecer essas culturas e principalmente fortalecer a agricultura familiar da região, suas cooperativas, suas organizações e estamos muito confiantes que o Ministério do Desenvolvimento Agrário, através do DATER, está contribuído de forma decisiva para o fortalecimento de culturas que possam gerar sustentabilidade e renda na região”, explica o pesquisador da Embrapa e diretor do DATER, Marenilson Batista, também em contato com Stúdio Rural.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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