Agricultores de 31 assentamentos participam de fórum avaliando assistência técnica Coonap

Agricultores e agricultoras de 31 assentamentos de 16 municípios paraibanos estiveram reunidos no último dia 23 de julho, em Campina Grande, no 1º Fórum dos Assentados e Assentadas do Lote 05 Borborema numa promoção da equipe de ATES da Coonap (Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção) que contou com participação de mais de 40 assentados representantes.

O tema do evento foi evidenciado no Programa Esperança no Campo e Programa Domingo Rural da Rádio Queimadas FM e Serrana de Araruna AM 590 kHz entrevistando assessores daquela cooperativa e agricultoras e agricultores beneficiários das ações do Governo Federal via Incra-PB avaliando as atividades desenvolvidas nos primeiros meses do contrato entre o INCRA/COONAP, como também levantando demandas e sugestões para melhorias dos trabalhos nos diversos assentamentos. “Foi riquíssimo, eu posso dizer que estou saindo daqui satisfeito com tudo que foi multiplicado e apresentado pra nós, nós também tivemos oportunidade de dar nossas sugestões como proposta para o melhoramento da assistência técnica em todos os assentamentos nos quais a Coonap trabalha”, relata o agricultor José Luiz dos Santos, residente no Assentamento Esperança, município de Areia, Brejo paraibano em parte de amplo diálogo direcionado ao público ouvinte de nossas emissoras parceiras.  

“Eu faço a avaliação de que temos aqui a oportunidade de avaliar os nossos trabalhos e expor as dificuldades que a gente tenha nos assentamentos, como também da gente planejar as atividades para a próxima atividade e falar um pouco também se o trabalho dos técnicos da Coonap está dando certo ou não e pelo que a gente vê está, eu tenho dito em meu assentamento que foi o espírito de Deus que foi do tempo de frei Anastácio que foi criado essa equipe de técnicos para trabalhar nos assentamentos e que melhorou muito a questão dos assentamentos porque tinha assentamento que a gente dizia que estava morto e com isso os assentamentos reviveram, vieram várias atividades com vários tipos de trabalho como incentivo como no meu mesmo em que hoje a gente tem uma horta de plantas medicinais, plantas de verduras que a gente já vende, tira para o alimento como também foi implantado uma pequena fábrica de poupa de frutas em que a gente está buscando aproveitar nossas frutas e também vende para o nosso mercado” comemora a agricultora Maria de Lourdes Sousa, dona Quinca, durante ampla entrevista em nossos programas radiofônicos. Ela mora no Assentamento Emanoel Joaquim, no município de Areia e garantiu que são inúmeras as conquistas, mas assegura que ainda conta com o entrave da falta da conquista do selo de certificação para a melhor inclusão dos produtos nos diversos mercados.    

“É um encontro importante, um momento único em que a gente veio somente se beneficiar, conhecer nossas dificuldades e também os pontos positivos que a gente já tem”, comenta a agricultora Josélia de Oliveira Silva, residente no Assentamento Trincheira de Carnoió, município de Riacho de Santo Antônio, aproveitando para falar de um conjunto de ações desenvolvidas pelos agricultores e agricultoras, especialmente a juventude rural daquele assentamento.

“É muito boa a avaliação, eu não posso dizer que é ruim porque seria injusto, então estou muito satisfeito”, inicia o agricultor José Alves de Sousa, Dedé Lopes, residente no Assentamento Novo Campo, município de Barra de São Miguel, Cariri Oriental paraibano, momento em que fez uma verdadeira retrospectiva sobre o processo de ocupação, as dificuldades enfrentadas pelo conjunto das famílias à época e sobre o conjunto das conquistas a partir do trabalho de acompanhamento técnico pela assistência técnica proporcionada pelo Incra-PB. “Lá tudo começou por uma luta minha, porque fazia 40 anos em que eu era vaqueiro na fazenda, daí foram vendendo a fazenda pra outro e pedindo que eu ficasse e eu nunca recebi direito de nada e no final queriam me tirar sem direito a nada, então eu entrei na justiça, ganhei direito de posse, permaneci na posse e depois pedi a desapropriação ao presidente Lula através de uma carta e Lula mandou desapropriar a terra e eu pedindo que não era só pra mim, era também pra outras famílias”, relata Dedé falando sobre dias melhores que se vive naquelas terras coletivas de hoje.

“Como todo fórum iguais a esse, a gente vê que só tem o que enriquecer, a gente entra de um jeito e sai de outro, de forma que só tem a nos enriquecer porque é um encontro de várias áreas de assentamentos de reforma agrária e aí cada um com suas dificuldades ou com suas facilidades e com isso a gente se identifica, em cada realidade a gente sabe que são dificuldades e vantagens diferentes, mas um pouco parecida com a nossa e a gente vai e volta com essa experiência que a cada dia se inova, aí estão de parabéns os organizadores através da Coonap que está fazendo mais um encontro como esse que só vem a nos enriquecer”, relata o agricultor Jair Gomes Barbosa, residente no Assentamento 1º de maio, município Pocinhos, Seridó paraibano.      

“Foi um dos melhores fóruns que a gente fez porque foi um fórum bem objetivo, foi um fórum de um dia, geralmente a gente fazia um fórum de dois dias e ficava cansativo já que os agricultores ficavam na ansiedade de voltar pra casa, hoje eles tiveram a oportunidade de fazer um fórum diferente, alegre onde eles puderam colocar algumas angústias e a gente também na dinâmica de trabalho que é constante as mudanças. Agora está chovendo, há dois meses atrás não tinha água de jeito nenhum e então a gente teve que readequar todo um plano de trabalho para um plano B, então foi uma oportunidade de a gente estar aprimorando o nosso trabalho, fazendo um trabalho melhor e desenvolvendo ações para aproveitar essas poucas águas que estão caindo, de uma maneira que possa trazer algum tipo de produção e geração de rendas pra eles e estruturar através das parcerias as estruturas hídricas existentes nos assentamentos já que o nosso maior calo é água. Então a gente vai correr juntos pra ver se consegue utilizar esses recursos que são dos parceiros em órgãos como o Incra, prefeituras, os órgãos como Patac, ASA, Coletivo Cariri, então a gente está numa parceria conjunta para trazer melhorias e acho que esse fórum foi fundamental para delimitar esse ajuste de metas”, relata a assistente social da Coonap, Ana Cristina Silva de Oliveira.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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