Analista evidencia interesse de população pela alimentação com feijão e produção da cultura na safra 2011

O Programa Domingo Rural desde domingo(13/02) evidenciou o interesse da população pelo uso de feijão na alimentação humana e forte interesse pelo plantio da cultura, tomando como base a opinião do analista de mercado de produtos agrícolas da Conab do Rio Grande do Norte, Luís Gonzaga Araújo e Costa que, ao dialogar com Domingo Rural, fez um balanço da aceitação do produto no mundo e falou sobre as perspectivas do produto enquanto cultura a ser plantada no Rio Grande do Norte.

Gonzaga informou que dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, (FAO) indicam que a Índia é o maior produtor mundial de feijão, participando com 17,2% do total produzido no mundo e que o Brasil aparece em 2º lugar, respondendo por 16,2% da produção mundial, informando que a maior média mundial da produtividade obtida no período de 2003 a 2008 ficou com os Estados Unidos (1.838 kg/ha) e que a média do Brasil foi de 811 kg/ha no mesmo período. “No ranking dos principais países consumidores de feijão, o Brasil ocupa o primeiro lugar, participando com 20,4% do total consumido no mundo”, informou Gonzaga ao dialogar com Domingo Rural, acrescentando que a produção e o consumo de feijão no Brasil são bastante diversificados com ênfase de produção pelos pequenos produtores rurais em todos os estados brasileiros, com escala individual de produção limitada.

Aquele analista informou que o hábito alimentar é o principal fator para quantificar o consumo de feijão nos diferentes países e que a produtividade brasileira projetada pela Conab para a safra 2010/2011 é de 964 kg/há com média prevista para a região Centro/Sul que é de 1.612 kg/ha, enquanto que para a região Norte/Nordeste é de 502 kg/ha.

Gonzaga falou também sobre a capacidade de produção e do consumo de feijão no Brasil, lembrando que os estados da Bahia e do Ceará são os maiores produtores da cultura na região Norte-Nordeste onde juntos respondem por 55% da produção total da região e 17% do total da produção do País. “Se as condições climáticas forem favoráveis, a produção de feijão do estado do Rio Grande do Norte deste ano deverá ser superior em mais de 80% em relação à produção obtida na safra anterior. Mesmo assim, a produção do RN não será suficiente para atender a totalidade da demanda de consumo da população potiguar”, explica Gonzaga ao relatar que as estimativas apontam que a produção nacional de feijão para a safra 2010/2011 será 13,6% superior à safra anterior e que o crescimento esperado da safra é atribuído às condições climáticas que vem beneficiando as áreas cultivadas e os bons preços obtidos pelos produtores na safra passada.

Ao dialogar com nossa equipe ele lembrou que o estado do Rio Grande do Norte tem se destacado como um potencial importador de feijão de outros centros produtivos, sobretudo o feijão carioca (anão-cores), já que a espécie predominantemente cultivada no estado é do tipo caupi (corda ou macaçar). “Essa situação leva os consumidores norte-rio-grandenses a pagarem mais caro pelo produto, já que são altos os custos com fretes rodoviários para transportar o alimento”, explica.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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