Campina Grande sedia Seminário Estadual de Educação Tecnológica e Profissional da PB

O Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia na Paraíba (IFPB) de Campina Grande sediou o 1º Seminário Estadual de Educação Profissional e Tecnológica do Campo da Paraíba em evento que aconteceu no último dia 07 e contou com participação de extensionistas, lideranças sindicais do meio rural, representações das coordenações dos territórios paraibanos dentre outros.

O evento, que faz parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Governo Federal, é fruto de parceria entre o IFPB e a Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na Paraíba, com o apoio do Incra, da Emater-PB, da Rede Estadual de Colegiados, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no Estado da Paraíba (Fetraf) e de outros parceiros. “A gente enviou convite para todos os municípios da Paraíba, principalmente onde tem as representações dos territórios em que o estado é dividido em 15 territórios e os 15 enviaram representantes e a partir dessas exposições é que a gente tem a ideia do como é que está essa questão do ensino em cada território da Paraíba de João Pessoa á Cajazeiras e daqui estamos compondo um documento da realidade do atual ensino do campo na Paraíba e a partir daí a gente montar e apresentar isso em nível nacional porque quando a gente levar à Brasília eles vão querer saber como é que está o ensino educação no campo na Paraíba, o MDA quer saber isso”, explica o coordenador do pronatec-PB e professor do IFPB, Jurcian Silva Alves, detalhando a construção e envio do documento que será enviado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília.
Segundo a própria organização do evento, o seminário objetivou discutir e sistematizar desafios e estratégias da educação profissional e tecnológica do campo em âmbito estadual e será voltado para os públicos dos movimentos sociais e sindicais do campo, agricultores, representantes de povos e comunidades tradicionais e demais grupos sociais relacionados ao campo, além de alunos, gestores e professores das unidades de ensino da Rede Federal. “Está sendo muito importante esse primeiro seminário sobre educação do campo aqui no IFPB e parabenizo toda a equipe dos organizadores desse grande evento que está acontecendo hoje aqui nessa parceria com o MDA, é uma discussão muito importante, como eu mesmo fiz uso da palavra com informativo das ações que estão sendo realizadas no Pronatec com educação no campo e a gente, como Fetag, como movimento sindical e todos os movimentos sociais lamenta porque ainda não nos é proporcionado acesso porque esse programa para atender aos agricultores tem uma grande dificuldade, na hora que se apresenta o número de vagas que tem e que a gente vai em busca cadastrar os nossos agricultores para que tenham acesso ao Pronatec é a maior dificuldade e acaba a gente nem sendo atendido”, explica o secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boqueirão e representante da Fetag, Antônio Venâncio Negreiros.
Aquela liderança acrescentou que o Pronatec está oferecendo a formação, mas o governo não tem sido eficiente na oferta da terra para o exercício produtivo desses conhecimentos via ações de reforma agrária. “Espero que o governo invista mais nesses recursos, porque é como eu estava falando que a gente como Fetag e o movimento sindical já temos 51 anos de luta, conquistamos um Brasil forte, estamos lamentando o momento que o Brasil está passando com essa crise que tem diminuído vários recursos que poderiam fortalecer as políticas públicas para os agricultores, e a gente como Fetag, Contag e sindicatos lamenta porque para o campo é como se os nossos governantes não têm o campo como prioridade para investimentos, porque vejo que a juventude do meio rural está indo embora do campo e a conversa que se tem por muitos aí é que esses jovens não querem trabalhar, que esses jovens não têm mais compromisso com a agricultura familiar, mas eu mesmo como agricultor que não tenho a minha terra ainda e muitos pais de família como eu lá no sítio que trabalha através de contrato de comodato sonha em ter sua terra”, explica dizendo que quando essas famílias procuram os planos de reforma agrária são informados de que não existem recursos para a compra da terra.         
Antônio Jocemar da Silva é assessor técnico da Emater Regional Itabaina, participou do encontro e do Programa Esperança no Campo e Domingo Rural falando sobre a importância do evento, seus entraves e suas possibilidades e avaliou como sendo importante momento por ter sido espaço em que se discutiu a necessidade do campo por conhecimentos e identificou que o campo tem forte demanda por cursos, capacitações e conhecimentos e que o programa ainda não consegue absorver essas demandas. “Percebemos promessa de oferta, mas a nossa preocupação é porque até agora a Emater já fez levantamento de demandas 2013 2014 e até agora, das demandas que foram enviadas, nenhuma delas foram atendidas, então existe essa expectativa já que a gente faz levantamentos dessas demandas junto as comunidades rurais e depois isso não é atendido e a gente fica numa situação de cobrança dos agricultores e com certa dificuldade de divulgar o programa”, explica dizendo esperar que esse espaço reveja essa realidade enfrentada nas bases territoriais.  
A programação constou de amplas discussões e incluiu os paineis “Educação do Campo: trajetória, princípios e política”, “Pronatec Campo: perspectivas e desafios”, além da apresentação do Diagnóstico da Educação Profissional e Tecnológica do Campo e de experiências exitosas na área buscando colaboração para a construção da proposta de Reelaboração do Documento-Base do Pronatec Campo junto aos membros do Comitê Gestor Estadual do Pronatec Campo.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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