Conselho discute qualidade da semente do governo para a agricultura familiar paraibana

Recentemente e já em relativo atraso o governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria da Agricultura, anunciou aquisição de 36 toneladas de sementes crioulas de milho e feijão (não modificadas geneticamente), dentro do Programa de Aquisição e Distribuição de Sementes para a agricultura familiar paraibana.

O fato do anúncio justificar ser sementes crioulas sem publicisação da origem do produto fez com que os segmentos da agroecologia paraibana questionassem a qualidade do produto o que fez com que as discussões chegassem a reunião online do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável acontecida no dia 17 de março último.

Na reunião, os componentes das representações no Conselho determinaram que quantidades demonstrativas das sementes, que ainda se encontram em armazéns no interior da Paraíba, fossem levadas para laboratórios especializados para pesquisas da isenção de resíduos transgênicos no produto e qualificação da pureza da semente.

“A questão dessas sementes nós da Fetag colocamos a partir de um anúncio que o Governo do Estado colocou na mídia há um mês atrás que estava adquirindo toneladas de sementes crioulas, e, nós durante a história dessas sementes que todo ano se distribui, nós sabemos a origem dessas sementes, não quero dizer específica dessa, mas pra nós é uma surpresa grande porque o estado em si não tem essa demanda pra negociar com o Governo do Estado, portanto a gente gostaria der saber quem plantou essa semente, sua origem, como foi a metodologia do plantio, preparo do solo, colheita, armazenamento, quais produtos foram usados, se teve alguma intervenção tecnológica, mas principalmente se essas sementes são mesmo crioulas e como elas foram produzidas”, questiona o assessor da entidade Ivanildo Pereira Dantas.

“Nossa questão é que vimos dialogando a bastante tempo com a Secretaria da Agricultura Familiar que é bastante sensível a essa pauta e de fato foi feito uma compra de sementes ditas crioulas, mas o que a gente soube ao receber as sementes verificamos é que a semente veio em sacos de uma empresa da Bahia privada que não tem histórico de produção de sementes crioulas nem sementes agroecológicas, ao contrário, é uma empresa conhecida no mercado que vende sementes transgênicas de milho, sementes híbridas e sempre tratadas com agrotóxicos e que já vende para o governo do estado e outros governos naqueles programas de sementes que todo ano tem com as mesmas sementes de milho vermelhinho”, relata o representante do Polo Borborema, Marcelo Galassi de Freitas Paranhas, e pede providencias a partir da participação das entidades no processo.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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