Delegado adjunto do desenvolvimento agrário fala sobre inadimplência do Pronaf B na Paraíba

Os problemas de inadimplência no Pronaf B foi tema desenvolvido no Domingo Rural deste domingo(09) momento em que o delegado federal adjunto do desenvolvimento agrário, Antônio Alves da Silva(foto), falou para os ouvintes sobre os problemas enfrentados por 89 municípios do Estado da Paraíba que estão com mais de 15% de inadimplência, tornando-os impossibilitados em ter acesso aos financiamentos do programa destinado ao fortalecimento da agricultura familiar.

Para Alves, o governo federal, através do MDA, vem criando planos de acesso por parte das famílias de agricultores a programas que dêem condições para de empreender em cada segmento produtivo e possam ter lucros após devolverem os recursos tomados por empréstimos aos bancos financiadores. “O objetivo principal é discutir a questão da inadimplência do Pronaf B, onde por força de uma portaria do Ministério foi suspenso, está suspenso mais de 80 municípios no nosso Estado que atingiram mais de 15%, a portaria diz claramente que o município aonde a taxa de inadimplência do Pronaf B atingir 15% será suspenso e aí nós achamos fundamental essa discussão para que a gente recupere o que em cada município o Pronaf, a política do Ministério do Desenvolvimento Agrário traz em si a questão da geração de renda, da valorização do agricultor familiar etc e que antes não tinha uma política tão importante traçada para o agricultor familiar como o Pronaf”, revela o delegado, sensibilizando para o fato de que as entidades locais não devem deixar que o município fique sem acessar as políticas do ministério. 

Em contato com os ouvintes do Domingo Rural, Alves falou da importância do envolvimento por parte das entidades de cada município a exemplo de Bancos, Conselhos de Desenvolvimento, Sindicatos de trabalhadores dentre outras. “Estamos chamando os gestores municipais, os prefeitos, o presidente da câmara, o conselho municipal de desenvolvimento e enfim todos os parceiros para chamar a atenção para esta situação”, comentou Alves, lembrando que são recursos que o município deixa de receber a medida que o Pronaf atinja 15% de inadimplência.

Levando em consideração o tempo de carência e os baixos juros associados ao fato de que o agricultor, pagando em dia, terá descontos de 25%, Alves disse ser de fundamental importância analisar aonde encontram-se os entraves para insucesso do Programa. “Nunca tivemos uma política assim tão interessante que dar condições para o agricultor pagar o seu empréstimo, então você tirou mil reais você tem dois anos para você pagar com abatimento que a gente chama de bônus de 25%, ou seja, é juro negativo que é o contrário de antigamente onde você tirava e não sabia o que iria pagar, porque tinha TJLP, correção monetária e hoje não: o nosso governo está trazendo políticas acessíveis que dão condições para o agricultor acessar e desenvolver a sua agricultura”, esclarece a autoridade.

Para Alves, a sociedade precisa ficar atenta para o fato de que lideranças locais, contrárias ao sucesso do programa, estão divulgando informações de que o agricultor não precisa pagar nada pelos recursos do crédito com o argumento de que são recursos não reembolsáveis, colocando em risco o interesse da agricultura familiar e do município como um todo.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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