Domingo Rural e Esperança no Campo evidenciam Festa Estadual das Sementes da Paixão

SR221015eCom o tema: “Agricultura Familiar guardiã da sociobiodiversidade, pela soberania alimentar, livre de transgênicos e agrotóxicos”, a Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) realizou entre os dias 14 e 16 de outubro, dentro da Semana Mundial da Alimentação, a VI Festa Estadual das Sementes da Paixão.

Durante os dias 14 e 15 o evento aconteceu no Santuário de Padre Ibiapina Santa Fé, município de Arara, no Curimataú Paraibano e no dia 16 ocorreu em Campina Grande-PB, na Praça Clementino Procópio, com uma feira estadual de sementes, dentre outras atividades em pontos diferentes da cidade, que culminou com o Dia Mundial da Alimentação. “Faço uma avaliação de que os agricultores e agricultoras continuam firmes na resistências, pela expressão que a gente viu aqui de muitos agricultores e agricultoras reafirmando a importância das sementes, reafirmando que a semente é saúde, que a semente é autonomia, que a semente é semente da vida e da liberdade então depois disso não temos o que dizer, mas a gente sabe do significado de tudo isso quando os agricultores se expressam, então é a expressão da luta, da resistência, daquela semente que é vida, que é presença na vida das famílias agricultoras, então acho que essa festa vem mais uma vez fortalecer e resgatar esses agricultores e agricultoras além daqueles que ainda não se viram como guardiões e entram nesta festa como agricultor e sai como guardião da semente, então acho que esse é o objetivo da festa, mas também numa perspectiva de trazer o debate das políticas públicas de como é que a gente tem políticas públicas que fortalece essa biodiversidade, como é que temos políticas públicas que fortalece o papel desses agricultores que fazem um serviço de graça para a humanidade”, explica a componente do Polo Sindical da Borborema/ASA Roselita Victor de Albuquerque ao dialogar com o público ouvinte Queimadas FM e Serrana de Araruna AM.

Conforme a assessoria da ASA, os objetivos da festa são valorizar o papel das famílias agricultoras guardiãs das sementes crioulas no estado da Paraíba; Refletir sobre a importância dos Bancos de Sementes Comunitários (BSC) na produção de alimentos e enfrentamento dos períodos de estiagem prolongados; Promover o intercâmbio de experiências agroecológicas de valorização das sementes da paixão; Fortalecer a Rede Sementes da ASA Paraíba como estratégia de luta e resistência pela conservação da agrobiodiversidade; Refletir sobre o livre uso das sementes da paixão e as ameaças à agrobiodiversidade e por fim, Construir mecanismos para as políticas públicas de sementes no Semiárido Paraibano. “Isso é uma troca de conhecimentos muito boa, tanto na troca de sementes, experiências do agricultor, das pessoas que a gente sempre se encontra nesta festa das sementes da paixão e isso é uma alegria para o agricultor a gente participar dessa festa da semente, eu durante essas seis festas das sementes da paixão eu não perdi nenhuma, eu sempre estou, sou convidado e venho sempre”, comemora o agricultor Manuel Severino dos Santos, Manuel Gavião, residente no sítio Tanquinho de Picuí, Curimataú paraibano.

Geovana Gomes da Silva é assessora da Associação Centro de Capacitação João Pedro Teixeira, com sede em Mari, participou do encontro e do Programa Domingo Rural e Esperança no Campo falando sobre o significado da festa, ela informou que os assentamentos rurais dos municípios acompanhados por aquela entidade já estão se interessando pelo trabalho de guardar sementes como forma preservar qualidade e garantir independência. “A festa é um grande avanço já que estamos conhecendo a diversidade que nós temos, tanto de sementes como das criações animais. Na região, por exemplo, que eu trabalho, apesar de a ASA não ter chegado lá ainda percebo que a gente tem essa necessidade de estar pautando essa quest
ão das sementes da paixão, da rede sementes por ser Mari uma região que não está dentro do semiárido, mas não quer dizer que a gente não possa estar levando essa discussão pra essa região e acho que devemos estar discutindo e ver uma forma de a gente estar levando para as pessoas conhecerem”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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