
Em parceria ampla: Agrovila em Itatuba desenvolve experiência com plantio de sementes crioulas
Famílias agricultoras do Reassentamento Agrovila Águas de Acauã, na zona rural de Itatuba, Agreste paraibano, estão vivendo experiência com o processo de preservação das variedades de sementes tradicionais da agricultura familiar.
Denominadas sementes crioulas, sementes da resistência, sementes da paixão, dentre outros nomes, as famílias organizaram o plantio de um roçado coletivo, na última terça-feira, 23 de abril, numa ação que envolve acompanhamento do MAB local, Movimento Atingidos por Barragens, Coletivo Multividas com o apoio do Movimento Bem Maior numa articulação do Serviço Pastoral do Migrante e acompanhamento de assistência técnica e social da Empaer. “Na terça-feira, dia 22, foi plantado lá um campo de sementes crioulas de um hectare com milho, feijão, e fava e essas sementes é que vai viabilizar e fortalecer o consórcio do algodão agroecológico. Trata-se de um campo de multiplicação de sementes crioulas com importante parceria da SPM, Serviço da Pastoral do Migrante, com o MAB, com a Empaer, com a Universidade Federal de Campina Grande e esse trabalho está sendo feito com todos juntos numa parceria, trabalho em comunhão, e que já vem apresentando bons resultados”, explica o gerente da Empaer regional Itabaiana, extensionista Paulo Emilio Carneiro de Souza, detalhando as ações integradas da diversidade de variedades na agricultura familiar com a presença do algodão que iniciou plantio na última quarta-feira, 24 de abril (Clique e leia).
Emílio explicou que aquele reassentamento é ação do Governo do Estado com 100 unidades habitacionais destinadas ao atendimento de famílias das comunidades rurais de Pedro Velho, Riachão, Cajá, Costa e Melancia, todas naquela municipalidade. “Nesse reassentamento eles têm área de produção, em torno de 150 hectares para produzir, eles ainda não estão morando, eles vão receber toda a infraestrutura do Governo do Estado, serão 100 casas com cisterna, energia solar, vai ter escola, posto de saúde, campo de futebol, galpão pra armazenamento da produção, uma adutora de água encanada para as casas, então teremos todo esse trabalho e estamos entrando, via Empaer, na parte produtiva com a determinação do Governo do Estado pra fazermos assistência técnica, extensão rural e social continuada nesse assentamento que já é modelo de reassentamento para o Brasil com resgate social dessas famílias que foram atingidas pela Barragem de Acauã”, explica Emílio Carneiro ao dialogar com Stúdio Rural. “A previsão de concluir a obra em toda a sua infraestrutura é de 2025, então essas famílias ainda não estão morando lá, mas já estão produzindo porque essas terras são pra produção e são deles”, reforça.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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