Técnicos da Embrapa e Empaer Paraíba estão participando de uma ação continuada de capacitação sobre a agroecologia do algodão já de olho na safra 2024 junto aos coletivos de agricultores e agricultoras familiares que já trabalham a produção da cultura e novos coletivos que estão chegando para a produção desta safra.

Conforme o pesquisador da Embrapa Algodão, Felipe de Macedo Guimarães, capacitações para extensionistas técnicos de todo o estado se iniciaram e serão de forma continuada, em módulos, com resultados de pesquisas para que sejam replicados junto as famílias agricultoras produtoras da cultura nos sistemas orgânicos agroalimentares. “Durante o período de 19 a 22 de março nós tivemos as capacitações dos técnicos da Empaer aqui no estado do Paraíba, através de um projeto de cooperação entre a Embrapa Algodão e o Instituto Casaca de Couro pra capacitar toda a equipe da assessoria técnica que realiza toda um acompanhamento dos agricultores que plantam algodão agroecológico no Estado da Paraíba”, explica Felipe, ao dialogar com Stúdio Rural, acrescentando que a ação aconteceu a partir das regiões de Patos e Campina Grande. “Nos dias 19 e 20 nós capacitamos os técnicos da Empaer da regional de Patos e durante os dias 21 e 22 foram os técnicos que prestam assistência técnica para os agricultores da regional Campina Grande”, reforça Felipe contabilizando cerca de 80 técnicos capacitados que repassarão conhecimentos e tecnologias para as famílias produtoras na base produtiva.

Macedo explicou que na Paraíba já são cerca de 700 famílias agricultoras cadastradas na safra 2024 em cerca de 70 municípios paraibanos que fazem parte de uma teia de interesses entre empresas compradoras, famílias produtoras, extensionistas e pesquisadores com a garantia do acompanhamento técnico, certificação da produção e garantia antecipada da compra dos produtos nos mercados articulados.

A capacitação será sequenciada e envolve as temáticas da agroecologia, recomendações técnicas para o cultivo da cultura num processo de capacitação dividido em módulos que vão acompanhando o desenvolvimento da cultura na atual safra, comportamento do bicudo e sobre as doenças, além dos processos de certificação orgânica do algodão que são estratégias para a melhoria dos preços nos mercados. “A cada mês nós temos um momento de capacitação com esses técnicos que nas semanas seguintes ficam responsáveis em realizar essas capacitações com os agricultores”, reforça Felipe.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural