A realização do 3º Encontro Estadual dos Pequenos Agricultores(MPA), acontecido durante a última sexta-feira, sábado e domingo(07, 08 e 09 de agosto), no Centro Diocesano, Bairro Tambor, em Campina Grande e o anúncio da realização do I Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores que acontecerá em São Bernardo do Campo, São Paulo, dos dias 12 a 16 de Outubro deste ano foram temas trabalhados no Programa Esperança no Campo e Domingo Rural deste final de semana.

Durante os programas, Stúdio Rural entrevistou o coordenador do MPA nacional, Claudeilton Luiz Oliveira, falando sobre o evento e sobre as ações do movimento, especialmente, no estado da Paraíba e Pernambuco.  “O terceiro encontro estadual do MPA na Paraíba com forte presença da juventude e das mulheres em que quase 120 mulheres, a maioria jovens, é muito importante com uma perspectiva da presença da juventude que faz parte de uma pauta central do movimento numa perspectiva de garantir a participação masculina e feminina no campo, numa dimensão em que a gente possa garantir com que homem e mulher sejam sujeitos na participação da definição do campesinato”, relata Oliveira falando sobre desafios importantes da sociedade campesina na construção de uma educação e comunicação que possam promover uma aliança camponesa e operária por soberania alimentar e poder popular que é eixo central das discussões do movimento em todo o território nacional. “Na verdade essa é uma prática que já existe e o que o movimento está fazendo é buscar reforçar, entendendo que o trabalhador urbano, o operário assim como o camponês também são vítimas dessa sociedade capitalista e que precisam se unir para ter uma força política e que essa força política é dada, claro, pelo alimento que entra como poder simbólico, mas também o poder econômico e cultura nessa dinâmica da aliança que se faz necessário”.
Edilene dos Santos Silva é jovem agricultora residente e trabalhadora no Assentamento União, município de Areia, Brejo paraibano, participou do encontro em Campina Grande, conversou com nossa equipe Stúdio Rural falando sobre o entendimento que sai levando para ser replicado em sua comunidade rural. Ela garante que estar participando de encontros e a melhor forma de agregar valor a forma de ver o mundo, de forma integrada, no campo e na cidade. “No meu ponte de vista essa é uma nova maneira de abrir um novo mundo para o jovem, porque a gente que é jovem nem sempre tem uma campanha voltada para a agricultura familiar fazendo com que a maioria dos jovens não se interessem pelo campo, estuda até um certo tempo, e como não tem uma educação voltada para o campo, vão para a cidade grande, trabalham lá, trabalham as vezes em tarefas que não é apropriada pra eles por falta de educação e capacitação voltada pra ele, então acho que essa é uma maneira de esclarecer e daqui levar informações e gerar esclarecimento nos nossos assentamentos”.
Elisângela de Lima Alves é coordenadora do movimento no estado da Paraíba, participou do encontro e dos programas radiofônicos de nossas emissoras parceiras falando sobre o trabalho que o MPA vem fazendo no campo e cidade paraibanos além de falar sobre as ações sintonizadas em todo o território nacional na perspectiva de construir mobilização por uma aliança campesina e operária que unam a cidade e campo na busca das transformações políticas, sociais e econômicas brasileiras. “Está sendo muito interessante, muito produtivo, atingimos a nossa meta já que pensávamos em ter cerca de 80 participantes e já estamos na marca de 150 pessoas para o lançamento de nosso congresso. E os temas que estão sendo trabalhados, principalmente análises de conjuntura, estão sendo bastante interessantes e as pessoas estão interagindo”, explica dizendo que educação e comunicação precisam ser trabalhados numa visão contextualizada dentro da realidade de povo, de classe camponesa e operária. 
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural