Fogão ecológico e ações integradas em Remígio é tema no Domingo Rural

Uso de um fogão de lenha economicamente viável e ambientalmente correto integrado a um conjunto de ações na atividade camponesa foi tema evidenciado no Programa Domingo Rural da Rádio Serrana de Araruna em conexão com a Rádio Bonsucesso de Pombal e parceiras, neste domingo(12/08), a partir de entrevista trabalhada com a agricultora Marinalva Belarmino de Souza, Nalva(foto), residente no Assentamento Junco, município de Remígio.

Em entrevista ao Stúdio Rural a agricultora falou sobre a nova tecnologia desenvolvida na região e utilizada pelas famílias agricultoras do Pólo da Borborema e garantiu que as ações vêm mudando pra melhor a vida da família da agricultora já que com o apoio das entidades do Pólo Sindical e das Entidades da Agricultura Familiar da Borborema diversas tecnologias sociais estão implantadas na unidade produtiva da família, o que vem proporcionando melhor capacidade produtiva, mais alimento para a alimentação da família e oferta de produtos que são colocados a venda na feira agroecológica do município que acontece todas as sextas-feiras. “É uma idéia maravilhosa, porque é econômico, não gasta muita lenha, não suja as panelas fazendo que a gente tenha sempre as panelas limpinhas e é bom também para a saúde da mulher porque não tem a fumaça”, explica a agricultora ao dialogar com os ouvintes das emissoras parceiras referindo-se ao fogão que foi patrocinado pelo Projeto Agroecologia da Borborema através de recursos da Petrobrás via programa Petrobrás Ambiental.

Ela explicou que trocou o fogão antigo pelo nova já que o antigo fumaçava muito no interior da residência, provocando doenças nas crianças e componentes familiares e garante que a adoção do fogão, a chegada da cisterna de placas, da cisterna calçadão e a confecção de canteiros econômicos vêm mudando pra melhor a vida da família. “Na minha opinião mesmo eu acho que temos economia de 90%, porque a lenha que a gente queimava em uma semana acho que agora a gente queima em duas, no ano a gente tirava umas três, quatro carroças de boi pra queimar e não dava e esse ano estou queimando só os gravetos que tiro ao arredor de casa”, explica a agricultora acrescentando que lenha é algo que está ficando raso em razão do processo de degradação na região.

Com o conjunto das ações desenvolvidas, ela garante que a facilidade é sensível e visível. “Melhorou demais, porque antes a gente não tinha água, água limpa de qualidade pra beber, pra lavar roupa, ia para os tanques, lavava roupa com água barrenta, bebia água de tanques que muitas vezes tinham sapos cururu naquela água que não era boa nem pra gente nem para as crianças. E hoje com duas cisternas, graças á Deus, no terreiro de casa, a tela consorciada com a palma, com as plantas que a gente planta que agora daqui uns anos vamos tirar cozinhar no fogo, e o fogão eu acho que mudou muito a vida da gente agricultores”.

Maria Gizelda Bezerra Lopes é diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Remígio e, ao dialogar com nossos ouvintes, disse que a tecnologia já está implantada em diversas propriedades rurais de municípios do Agreste, Brejo e Curimataú. “Realmente é uma cadeia, é uma escadinha onde a gente conversa com a família pra diversificar o seu roçado, o seu sítio nos arredores de casa a gente está também pensando no futuro, por exemplo a palma consorciada que é uma experiência que a gente está fazendo nos arredores de casa é uma idéias das famílias plantarem gliricídeas e outras plantas que servem como lenha e a gliricídea é muito importante, então no fogão ecológico ela consorcia como uma experiência muito boa”, complementa acrescentando que a ação integrada faz a diferença nas políticas de convivência com o semiárido. “Ainda temos muitos agricultores isolados em sues sítios, mas vejo que os sindicatos e organizações não cumpriram seu papel, mas eu trago como importante esse movimento aqui na Borborema com as organizações como AS-PTA, como a Petrobrás em que a gente tem um projeto que está contribuindo com o meio ambiente com reflorestamento para que o mundo fique melhor, as famílias vivam melhor, vivam bem e associado a isso tem Sido o papel das organizações mesmo que têm buscado os agricultores, associado conhecimento, trocado experiências naquele ditado: ensinar e aprender que está sendo importante pra mudança de vida das famílias através do acesso ao conhecimento”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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