Fórum do Cariri afirma propostas e políticas a serem construídas em projeto de disputa no novo governo

Em reunião Territorial do Fórum Cariri Oriental, acontecida na última terça-feira, 20 de dezembro, em Caturité, entidades de agricultores e agricultoras, representações de entidades como UFPB e Banco do Nordeste discutiram temas a serem colocados urgentemente em documento técnico propositivo e a ser colocado em discussão com o Governo Lula a partir dos primeiros dias de 2023.

Em discussão, via palestra, o professor da Universidade Federal da Paraíba, José Jonas Duarte da Costa, falou sobre potenciais técnicos existentes no meio físico do semiárido brasileiro que, documentados e discutidos enquanto políticas públicas, podem gerar sustentabilidade na vida do povo do semiárido como por exemplo a universalização das águas da transposição para todas famílias agricultoras da região, dando melhor condição e vida e de produtividade; energia solar para toda residência e empreendimento da agricultura familiar; cultura de valorização dos potenciais do semiárido; trabalhar projetos propositivos sobre sequestro do carbono utilizando o bioma caatinga com valorização das políticas públicas àquelas famílias e entidades que trabalhem a vegetação num olhar do carbono e da diversidade produtiva na agricultura familiar; vincular as ações produtivas da agricultura familiar para programas como o PAA e PNAE dentro do Ministério da Agricultura Familiar e Alimentação Saudável, dentre outras ações tidas como ações conhecidas e vividas pelos moradores do semiárido que precisam serem executadas enquanto ações de políticas públicas de governo e ou de Estado. ““Tudo isso só é possível acontecer se a gente estiver organizado na base, se as associações não estiverem esvaziadas, porque os governos são espaços de disputa e ganha mais quem mais se organiza” afirma Jonas Duarte ao dialogar com o público presente, acrescentando que propostas como o sequestro de carbono trata de ação fortalecedora a real recomposição da caatinga em todo o semiárido brasileiro. “Você pode plantar a palma dentro da caatinga, você pode plantar palma recuperando o solo, recuperando a caatinga.  Então o que a gente está propondo ao governo? Que o PAA vá comprar o teu leite, se tu produzires o leite plantando árvores no teu solo teu leite vai ter um valor a mais”, exemplifica.

Jonas afirma e reafirma que políticas públicas só se constrói com participação ampla de povo, do contrário as ações sairão com a cara e o interesse daqueles que estão na direção do Estado e garante que, mesmo com participação, a política só será eficaz se tiver educação e formação no processo. “Para a gente criar uma cultura de valorização da caatinga, de valorização do lugar da gente, a gente precisa das escolas, é preciso que a Escola Maria Veríssimo trabalhe lá no sentido de valorizar o lugar, de valorizar o semiárido, de conhecer o semiárido, de conhecer a riqueza que é a caatinga, é preciso que se crie várias ‘Maria Veríssimo’ em vários municípios e se introduza lá um conteúdo de convivência com o semiárido e isso é um projeto de educação que também vai ser trabalhado no nosso meio”, conclama Duarte. “Agora pessoal, tudo isso só é possível se a gente estiver organizado na base

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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1 Comentário

  1. Raimundo Alencar Diniz -  22 de dezembro de 2022 - 17:22

    Ressurgindo a esperança,novo ano, novos rumos. Avante!!!

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