Mobilizadora Procase discute inclusão produtiva e gênero durante encontro de mulheres do Cariri

SR121115bDiscutir o papel da mulher na economia e na construção sociocultural na região do Cariri e falar sobre as ações do Governo do Estado, via Procase, foi uma das metas da mobilizadora social do Procase, Elvira Maria Figueiredo Rêgo, ao proferir palestra durante o Primeiro Encontro Territorial de Mulheres do Cariri Oriental que aconteceu no dia 27 de outubro último na comunidade Tatu, Município de Boqueirão e que contou com agricultoras familiares dos municípios do território que é composto de 15 municípios e, ao dialogar com Stúdio Rural, ela garante que o machismo existe e é fator que limita o desenvolvimento da família no semiárido.

Após participar do encontro promovido pelo NEDET Cariri Oriental e parceiras, aquela liderança concedeu entrevista à equipe Stúdio Rural falando sobre as políticas públicas que estão sendo implementadas pelo Procase e sobre as discussões que estão sendo estimuladas enfatizando a importância da autonomia feminina como indutor de desenvolvimento. “Os valores patriarcais machistas são muito disseminados, muitas mulheres até inconscientemente e por falta de discurso, de aprofundamento e de debate acabam reproduzindo aquela questão de ser reclusa, de não sair, de não participar dos eventos com o argumento de que vai contrariar o companheiro e naturalizando a condição de ser menor, de ser aquela pessoa que pauta menos na propriedade, que delibera menos, que pega menos no dinheiro, então temos muito o que avançar nestas discussões, mas a gente já tem referências e a dona Maria aqui é um sucesso”, explica Elvira ao dialogar com
nosso público ouvinte.

Discutir desenvolvimento econômico e social, sem colocar em discussão gênero, não parece ser o caminho mais apropriado ao desenvolvimento na concepção da equipe que discute as ações do Procase e, conforme Elvira, discutir a autonomia das mulheres, o seu empoderamento nas políticas públicas e construir projetos com a participação desse público tem sido meta e objetivo daquele projeto governamental como forma de gerar desenvolvimento com sustentabilidade. “Com certeza, e o Procase como projeto que visa trabalhar com base agroecológica, fortalecer agroecologia e agricultura familiar não podia deixar de fora a questão de gênero, público de prioridade mulheres e jovens em que a gente busca sempre estar fortalecendo esses dois públicos de jovens e mulheres por todas aquelas questões que a gente discutia de que todo e qualquer recurso que cai nas mãos da mulher acaba-se socializando com a família, a própria questão da inserção dos jovens no mercado de trabalho, devolvendo o jovem para a agricultura onde eles passam a acreditar de novo na agricultura e acreditamos que essa política passe pelas mulheres para não criarem mais seus filhos com a ideia de que o campo é um lugar de pobreza, de que tem que sair do campo pra não se terminar como coitadinho ou sofredor, então as mulheres também têm contribuição pra dar até para que a juventude possa estar acreditando no campo também”, explica.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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