Produção, multiplicação e uso do gravatá na alimentação do rebanho é destaque de experiência por produtor em Barra de Santana

O uso do gravatá na alimentação do rebanho na Fazenda Pedra Rica, município de Barra de Santana, Cariri Oriental paraibano, é destaque de trabalho de estudo prático por parte do pecuarista, professor aposentado pela UFPB/Areia, Anselmo Rodrigues, associando o produto típico da região a produtos como maniçoba, gliricídia, palma forrageira, dentre outros.

Na propriedade rural, Rodrigues desenvolve diversas experiências que já são bem procuradas por outros criadores e estudiosos de diversos estados do semiárido brasileiro, inclusive com o processo de compartilhamento de variedades para que possam ser utilizadas no plantio e multiplicação em unidades produtivas.  “Eu conhecia o gravatá nos idos dos anos de 1980 lá no meu Taperoá, daí veio as secas, principalmente a de 1970 e o gado partiu pra cima do gravatá sem pena, comeu praticamente tudo, praticamente exterminou o gravatá na região de Taperoá, aí o pessoal dava agave ao gado e aqui na fazenda eu tentei a utilização do agave, mas o pessoal tem medo de trabalhar com ele por apresentar coceira e alergias na pessoa que trabalha, daí parti pra conseguir gravatá e consegui dezoito mudas, dessas dezoito mudas eu saí reproduzindo e hoje já tenho bastante”, explica Anselmo, ao dialogar com Stúdio Rural, acrescentando que já tem vendido mudas as centenas para proprietários rurais de estados do Nordeste brasileiro. “É uma planta que eu estou investindo muito aqui na fazenda, eu coloquei meus resultados aqui nos grupos de whatsapp e os proprietários danaram-se a pedir”, explica Rodrigues enquanto embalava uma caixa de oito quilos com quinhentas mudas de gravatá a ser transportada para a cidade de Iguatu, no interior do Ceará, e citou vendas feitas para outros pecuaristas do Ceará e Bahia.           .

Anselmo falou sobre estudos desenvolvidos por universidades apresentando resultados nutricionais que entusiasmam e garante que o rebanho bovino tem excelente aceitação do produto na alimentação. “Aqui a gente vai plantando e vai deixando ali como uma reserva estratégica a exemplo do da maniçoba e ainda tenho a gliricídia que tenho como um espetáculo aqui na minha propriedade, vou lá, corto, faço um feixe, passo na forrageira e o gado come tudo e é alimento proteico”, comenta Anselmo

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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2 Comentários

  1. José Leonardo Clementino de Araújo -  10 de março de 2023 - 11:19

    Há mais de vinte anos me interessei pelo Gravatá. Principalmente pela sua enorme residência a seca. Cultura muito palatável para os ruminantes. Não deixaram uma única planta, no cercado deles. Tem que ser plantado isolado, como outras culturas. Sem animais dentro. Curioso , também, é o fato das formigas atacarem os brotos, no período da seca. Hoje tenho muitas plantas. Pretendo aumentar e divulgar, vale a pena

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  2. Francisco Freire da Silva -  10 de março de 2023 - 13:53

    Não conheço o Gravatá. Quero saber mais a respeito e como posso conseguir umas mudas para multiplicar e experimentar.

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