Representações da agricultura familiar produtora do algodão agroecológico fizeram entrega da pluma do produto nesta quarta-feira, 17 de janeiro de 2024, para a empresa compradora do produto dentro dos compromissos preestabelecidos no início do ano safra 2023. “No dia de hoje fizemos o carregamento da safra do algodão de 2023, daqui está saindo uma carreta carregada de algodão sem a semente, isso mostra que no algodão, apesar das poucas chuvas de 2023, nós tivemos uma boa colheita, e tenho certeza que em 2024 nós vamos ampliar a nossa safra de algodão porque os agricultores e agricultoras a cada ano que passa eles estão vendo que compensa plantar o algodão”, explica o agricultor e mobilizador social, José Marcelino Alves Melquiades. “Vocês não imaginam nem fazem ideia da alegria nossa, dos agricultores e agricultoras aqui do município de Taperoá e região em vê sair daqui da nossa região uma carreta de algodão carregada só da pluma do algodão e digo a vocês que, como agricultor apaixonado pela agricultura, eu me sinto muito feliz em saber que em 2019 quando isso se iniciou nós iniciamos com uma certa dificuldade, mas a coisa melhor do mundo é quando você consegue vencer as dificuldades, a gente sai mais fortalecido”, exemplifica.

Marcelino explicou que os resultados são animadores e as entidades acreditam que 2024 terá multiplicação no número de famílias, áreas e experiências já que os compromissos das entidades e agricultores têm se ampliado a cada dia fazendo com que se fortaleça a relação de confiança entre as partes. “A gente percebe que as famílias agricultoras estão muito otimistas porque quando elas fazem o comparativo entre o milho, o feijão e o algodão elas percebem que realmente o algodão é uma planta com muito mais resistência as estiagens, ela tem essa facilidade de com praticamente com 30% das chuvas que é necessário pra você ter uma boa colheita de milho e de feijão você já terá uma boa safra de algodão”, comemora Melquíades lembrando que o ano agrícola contou com famílias dos municípios de Taperoá, Livramento e Picuí e garante que a estratégia é sempre diversificar. “Não estamos só valorizando o algodão, estamos sempre procurando meios de também agregar valor em todos os nossos produtos que a gente produz na zona rural como por exemplo do milho, do feijão, da fava, do gergelim, do amendoim, as frutas de época como o umbu, a manga, a pinha, a goiaba, todos os produtos que os agricultores produzem aqui na nossa região a gente está procurando meios de ter uma comercialização com preços satisfatórios já que estamos produzindo orgânico”, explica ao dialogar com Stúdio Rural.