
Sindicato em Queimadas planeja mutirão da educação com juventude camponesa
O sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas realizou um encontro para discutir o mutirão da juventude rural daquele município, evento acontecido no último dia 08 com ação trabalhada em parceria com a ONG AS-PTA.
O evento discutiu o processo de planejamento de ações educativas para a juventude rural através das escolas do meio rural e envolve professoras, lideranças de associações de agricultores, jovens camponeses mobilizadores sociais e é uma ação que está acontecendo nos municípios do Polo da Borborema. “Esse é um momento do planejamento municipal que antecede o dia do mutirão que é a campanha do fortalecimento da vida na agricultura familiar em que a gente tem essa campanha em 13 municípios do território da Borborema e na semana passada aconteceu o planejamento regional e que a partir desse planejamento regional que é momento em que a gente conta com pessoas, com lideranças do sindicato, comunidade, professores e a partir desse momento é encaminhado o planejamento municipal, momento em que a gente senta também pra avaliar o mutirão passado, o conteúdo, a metodologia, mas, ao mesmo tempo também, a gente planeja a atividade do segundo semestre que é esse que está para acontecer agora”, explica a assessora da AS-PTA, Maria Denise Pereira da Silva.
Márcia Patrícia é agricultora na comunidade Lutador e mobilizadora social junto ao sindicato, ela diz ser uma atividade de muita eficácia no processo de inclusão da juventude na produção e na vida social, sendo também instrumento de muita significação para o processo de sucessão no meio rural. “Sim, porque se a gente quer fortalecer a agricultura familiar temos que começar pelas crianças e pelos jovens, por isso a importância desse mutirão e das campanhas de trabalho com a juventude”, comenta ao dialogar com nosso público ouvinte Programa Domingo Rural e Esperança no Campo.
Secretária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Ana Paula Cândido diz ser um trabalho continuado junto a juventude rural queimadense enfatizando entraves, mas também apresentando alternativ
as a partir da organização social na busca de novas políticas públicas de governos. “É um trabalho continuado e sabemos que a gente precisa mostrar, enfatizar e deixar que a juventude camponesa mostre que está fazendo agricultura acontecer no seu mundinho ainda sem muita visibilidade, mas isso vem fortalecer e trazer autonomia e espaço para os jovens e crianças continuarem a dar continuidade àquilo que já faz e dê continuidade sem vergonha, porque a gente precisa entender que quando a gente sai da zona rural para a zona urbana temos impactos em nossa identidade e isso tem questões que vem a desconstruir e temos feito um trabalho de conscientização de que não é porque ele sai da zona rural e vem pra zona urbana estudar que é necessário que se destrua ou que se tenha que construir uma nova identidade para esses jovens adolescentes e crianças, mas sim fortalecer aquilo que eles já fazem com conhecimento que vêm buscar fora da agricultura, fora de sua comunidade”, relata Paula Cândido.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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