Stúdio Rural questiona encontro promovido por instituto do fumo envolvendo jovens rurais

A qualidade do encontro que o Instituto Souza Cruz estará realizando dos dias 22 a 25 deste mês na cidade Glória de Goitá-PE, envolvendo jovens rurais de estados diversos do país que participarão na busca de discussões que esclareçam sobre sustentabilidade enquanto prática de vida que não ofereça resultados maléficos ao produtor, ao consumidor e ao meio ambiente e fazendo referência ao trabalho de plantação de fumo por parte da empresa Souza Cruz que vem intensificando trabalho de plantio da perigosa cultura na agricultura familiar de estados diversos e mais recentemente no Agreste e Brejo da Paraíba.

A temática foi evidenciada por Stúdio Rural através de suas emissoras parceiras e programas radiofônicos ao se reportar ao evento publicado pela representação que está anunciando para os dias 22, 23, 24 e 25 a III Jornada Nacional do Jovem Rural com expectativa de reunir 800 participantes de todos os estados brasileiros para discutir o tema “Trabalho e Sustentabilidade do Campo”, encontro que tem realização de uma organização denominada de Rede de Fortalecimento Institucional do Jovem Rural(RFIJR) e que, segundo o Instituto, tem como objetivo favorecer a integração dos projetos alternativos de educação do campo que visam o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais.

Para Stúdio Rural, mesmo sem aparecer em nenhum momento, as experiências desenvolvidas com o plantio da cultura do fumo em milhares de unidades rurais e os males causados com a entrada do produto da cultura no mercado de consumo com cânceres diversos e doenças das mais variadas formas e oferta de gastos públicos na busca de tratamento, seria preciso criar espaços e temas diretos que mostrassem os perigos da cultura e seu subproduto e apontasse alternativas de produção a esses produtos a partir de programas, incentivos e ações governamentais que pudessem contribuir com a Convenção-Quadro composta por mais de 190 países membros da Organização Mundial de Saúde(OMS) na proposta de diminuir paulatinamente o plantio e o consumo do fumo no mundo inteiro.

Para a chefe da Divisão de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco de Câncer e componente do INCA, Instituto Nacional do Câncer do Ministério da Saúde, Tânia Maria Cavalcante, é importante que o tema dos males do fumo na agricultura familiar seja tratado de forma direta nos espaços que discutam sustentabilidade, na perspectiva de que o tabagismo e sua cadeia já é considerado uma epidemia já que, apesar de todos os conhecimentos que se tem sobre os graves riscos, causa câncer, causa infarto, derrames, dentre inúmeras doenças graves. “O tabagismo continua a crescer e aí as assembléias mundiais de saúde começaram a discutir esse tema, chegaram a conclusão que ela é uma epidemia que é estrategicamente consumida por um negócio, o negócio do fumo, negócio dos cigarros, são grandes companhias mundiais do fumo que aqui apesar de todo o conhecimento elas continuam a promover seus produtos para seduzir jovens, principalmente adolescentes que eles experimentem e se tornem dependentes e assim consumidores cativos”, enfatiza aquela autoridade ao contatar com os ouvintes do Programa Esperança no Campo e Programa Universo Rural da Rede Esperança de Rádios e Programa Domingo Rural em Rede com as Rádios Independente do Cariri paraibano, Rádio Serrana de Araruna-PB e Rádio Cultura de São José do Egito-PE, falando da importância de se promover um trabalho de alternativa ao plantio do fumo através de programas de incentivo style=mso-spacerun: yes>  a produtos de alimentos saudáveis, de conscientização dos males do fumo ao consumidor e intensificar programas de saúde de ajuda as pessoas que fumam e ou que deixaram de fumar.

A articuladora nacional do Programa Nacional de Diversificação nas Áreas Cultivadas com Tabaco do Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA), Adriana Gregolin(foto), ao falar com os ouvintes dos Programas radiofônicos de Stúdio Rural, informou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo MDA no campo da agricultura familiar mostrando que existem importantes programas de incentivo a inclusão de mais famílias nos modelos sustentáveis de produção de alimentos saudáveis e os cuidados para que não entrem no modelo de produção de tabaco em razão do grau de dependência criado aos produtores e ao inúmeros malos causados ao consumidor e ao meio ambiente.

O representante do Departamento de Estudos Socioeconômicos do Paraná(DESER), Amadeu Bonatto, informou que com o trabalho de conscientização sobre a realidade da produção e consumo do fumo em toda a região Sul do Brasil, as empresas fumageiras estão criando estratégias de envolvimento de jovens agricultores em outras regiões do país, especialmente da Região Nordeste em razão da baixa valorização da mão de obra e lembrou que já está fortalecido o debate de que o plantio do fumo vem a cada dia criando dependência no modelo de produção das famílias agricultoras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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