O Programa Domingo Rural deste domingo 21 de abril evidenciou a experiência agroecológica do agricultor familiar Rafael Justino Braz, residente na Comunidade do Feijão I em Bom Jardim, Agreste pernambucano.

Segundo informações divulgadas no Caderno de Experiências Agroecológicas, publicado pelo Centro CAATINGA em parceria com o Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, a família desenvolve a produção em agroecologia desde 1997, num processo integrado que vai até a comercialização, numa propriedade que fica localizada numa região característica de ecossistema de Brejo, habitada por cerca de 200 famílias de agricultores que possuem em média 05 hectares de terra, sendo a família de Rafael uma referência em agricultura agroflorestal e influenciando várias famílias a mudar sua prática agrícola.

Segundo as informações evidenciadas no Domingo Rural, para chegar ao que está hoje, Rafael passou por vários momentos, justificando que no primeiro contato que teve com os técnicos do Centro Sabiá, o objetivo do agricultor era criar abelhas, mas com a continuidade dos contatos com os técnicos da entidade tomou conhecimento da agricultura agroflorestal, considerada pelo Centro Sabiá como uma boa alternativa de produção, observando que nesse sistema não se fazia uso de queimada, de agrotóxicos, nem se plantava ladeira abaixo, o que favorecia a preservação do meio Ambiente.

“Para Rafael e família, aquela forma de produzir lhes pareceu muito difícil e não causou muito estímulo”, informa, argumentando que para iniciar a experiência o agricultor fez uma pequena área somente para agradar o técnico que vinha muito no sítio, que no início os vizinhos tinham o agricultor como “louco”, e diziam que plantar “dentro do mato”, não produzia nada, mas quando surgiram os primeiros resultados, a família começou a ver que a agrofloresta estava melhorando a produção, aumentando a disponibilidade de alimentos, preservando o solo e o meio ambiente em sua propriedade de 10 hectares.

Conforme as informações distribuídas e evidenciadas no Domingo Rural, a renda do agricultor também aumentou significativamente com a comercialização do excedente da produção, no Espaço Agroecológico em Recife e a partir do interesse e envolvimento nos cursos de formação coletiva e dos resultados alcançados, houve uma mudança no jeito de produzir e no hábito alimentar da família dentre outras mudanças significativas na vida da família e da coletividade.

Na propriedade encontra-se mais de 250 diferentes tipos de plantas arbóreas, arbustivas e herbáceas, nativas ou introduzidas com cerca de 80% delas no sistema de agrofloresta utilizadas pela família ou pelos vários animais da fauna regional.

Atualmente Rafael e família comercializam, em média 15 produtos na feira agroecológica, inclusive o mel das abelhas africanizadas e nativas(Urucu), conseguindo uma renda de aproximadamente quatro salários mimos mês.

Fonte : Caderno de Experiências Agroecológicas, Stúdio Rural / Domingo Rural

Fonte: Stúdio Rural