Governo federal e estadual faltam com respeito ao povo de Queimadas, diz prefeito
A gestão pública da cidade de Queimadas está trabalhando enfrentando profundas dificuldades em razão de acentuados cortes feitos pelo governo federal e falta de empenho por parte do governo do estado. A afirmativa é do prefeito daquele município, Jacó Moreira Maciel, em uma ampla assembleia social acontecida na última sexta-feira(13) realizada naquela cidade, momento em que o gestor fez entrega de ordem de serviços para os presentes e, em entrevista ao Stúdio Rural, aproveitou para dizer que os governos têm se destacado em fazer uma publicidade que passa longe da realidade enfrentada pelos gestores e seus munícipes. O governo não tem um mínimo de respeito, nem o governo federal nem o governo do estado determinam uma política voltada para o homem do campo, a gente sofre muito aqui, a gente tem a maior zona rural do estado, são mais de 3 mil cisternas cadastradas onde a prefeitura tem arcado 100% com essa demanda. E aonde se encontra o governo do estado e o governo federal? Na mídia está tudo muito bom, mas na ponta não é isso que a gente escuta na mídia, são propagandas de milhões em investimentos e o mínimo que a gente pode é amenizar a situação desse povo e a prefeitura tem feito sua parte mesmo com as dificuldades e honrando aquilo prometido em campanha, explica Maciel que tem uma aliança 2012 com o PT, partido da presidente Dilma que detém a Secretaria de Ação Social.
Com relação a saúde ele colocou como quadro preocupante, criticando o atendimento nos órgãos do estado e federal que têm feito com que a gestão pública municipal assuma atitude na base social de apoio a população para evitar perdas de vidas em consequência do não atendimento ou, muitas vezes, dos deficientes atendimentos. A gente tem dado o máximo que a gente pode, pra você ter uma ideia a saúde hoje de Queimadas deixa de negativo por mês R$ 200 mil reais, e como é que o governo federal cria os programas e não manda recursos para manter, joga a responsabilidade nos prefeitos. Nós prefeitos precisamos nos unirmos e levar essa questão pra Brasília com a Marcha dos Prefeitos que na oportunidade que acontecerá esse ano usarei da palavra pra poder mostrar que nós precisamos nos unirmos e dizer: ou o governo federal manda dinheiro ou vamos fechar os programas porque eu disse que o povo não sabe do que acontece dentro das administrações, acha que a responsabilidade é toda do município e muitas das vezes não é só do município, são responsabilidades do governo federal e do governo do estado e esses dois governos não têm tido nenhum respeito com o povo que pede saúde, que pede educação, que pede infraestrutura, que pede agricultura e esses governos têm sido omissos nessas políticas públicas que são básicas que a gente pode fazer pelo povo, reclama aquele gestor durante entrevista no Programa Esperança no Campo e Domingo Rural dizendo ser difícil ser gestor municipal porque tudo acontece na base municipal.
Jacó explicou que tudo acontece no município primeiro, lamentou que o governo federal fica com o bolo maior dos recursos e o município tem o bolo menor, o que tem motivado uma briga antiga dos gestores municipais com o federal e os estaduais. É uma briga que vem há décadas mostrando ao governo federal que tudo acontece primeiro no município, se uma pessoa adoece, se uma pessoa morre, se uma pessoa precisa de uma necessidade básica não procura nem o governo do estado nem o federal e hoje nós prefeitos estamos ficando com o mínimo desses recursos e com a responsabilidade de maior de todas essas demandas que acontecem no dia a dia e acredito que essa política tem que mudar nessa reforma política que está para acontecer, na reforma tributária que a gente espera que possa mudar porque se continuar dessa forma vai acontecer um tempo em que a gente vai só ter dinheiro pra pagar a folha, o cidadão não vai poder pedir uma máquina, não vai poder pedir um medicamento, não vai poder pedir um carro porque a prefeitura não vai como assistir, lamenta aquele gestor.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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