Entidades e representações da sociedade civil componentes do Comitê Ana Alice de Combate a Violência Contra a Mulher estiveram reunidas, no dia 26 de junho, com advogados de acusação e defesa, com o juiz da Comarca de Queimadas, com o promotor, advogados de acusação e de defesa, componentes da Polícia Militar da Paraíba para discutir detalhes do julgamento de Leônio Barbosa de Arruda acusado de estuprar, assassinar e ocultar o corpo da jovem agricultora componente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Ana Alice de Macedo Valetim, no dia 19 de setembro de 2012 na comunidade Bodopitá, município de Queimadas.

Na abertura da reunião o juiz de direito da Comarca de Queimadas, Dr. Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, disse ser importante contar com o apoio de setores diversos para que os trabalhos aconteçam dentro da expectativa positiva que a sociedade queimadense espera. “Nós ficamos cientes da repercussão que esse caso tomou aqui na região de Queimadas, até em razão de um outro caso anterior também muito divulgado pela imprensa, e a partir daí de movimentos que ocorreram durante a tramitação desse processo eu suponho que com a divulgação da data do julgamento haveria a presença maciça de interessados em participar desse julgamento com os movimentos e para evitar quaisquer surpresas, quaisquer dessabores imprevistos durante o julgamento nós tomamos essa iniciativa de, junto com o Ministério Público, participar a todos do julgamento que ocorrerá no dia 18 e com isso estabelecermos as normas procedimentais para que todos possam presenciar o julgamento e também a imprensa fazer o seu trabalho e os movimentos pacíficos também presenciarem o julgamento”, explica aquela autoridade ao dialogar com Stúdio Rural.

Jairo Oliveira é assistente de acusação representante do Comitê Ana Alice, dialogou com Stúdio Rural e falou sobre o caso explicando acreditar que justiça será feita de forma exemplar para que casos semelhantes sejam evitados em toda a região e evidenciando o papel exercido pelo Comitê Ana Alice durante todo o espaço de tempo. “Eu não tenho dúvidas, o Comitê Ana Alice é formado por trabalhadores, donas de casa e pela sociedade e tem um comportamento exemplar e não é de hoje, anteriormente marcou presença em diversos momentos e não haverá qualquer incidente por ocasião do Jure”.

Luciana Firme é comandante da 3ª CIPM, Companhia Isolada da Polícia Militar, foi convidada a participar do encontro para organizar o processo da segurança do evento do dia 18 de agosto, conversou com o público ouvinte das emissoras parceiras e garante que a Polícia Militar garantirá a ordem no evento e na cidade. “A Polícia Militar está pronta e dará todo o apoio para que o evento seja tranquilo e o trabalho do poder judiciário seja concluído neste caso”, explica dizendo entender que, em razão da forma do assassinato cometido contra a jovem agricultora, será um evento bastante concorrido. “É um evento que gera bastante interesse na população, que gera comoção e expectativa de todos em acompanhar o trabalho dos poderes públicos de perto”.Angineide Pereira de Macedo é mãe da jovem Ana Alice, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas e componente do Comitê Ana Alice, conversou com Stúdio Rural se queixando da demora em julgar a causa e garante que o Comitê estará presente cobrando rigor no julgamento para que os componentes sociais percebam que a sociedade está bem organizada e melhor se organizando para o processo de convivência nos dias atuais. “Estaremos em movimento como forma de responder as demandas da sociedade na atualidade, no início não tínhamos noção do que era essa violência que estava aí onde a gente só via por televisão e achava que nunca ia chegar a nós, mas infelizmente quando a gente percebe é que a gente estava com uma causa sem saber bem o que fazer e aí foi que eu fui aconchegada e senti também que outras pessoas precisam ter esse mesmo apoio”, explica Angineide durante entrevista trabalhada no Programa Domingo Rural.

O julgamento de Leônio Barbosa de Arruda acontecerá no dia 18 de agosto próximo, tendo como local a Câmara Municipal de Vereadores de Queimadas, à partir das 8:30 horas e, segundo o juiz Antônio Gonçalves, o julgamento da tentativa de assassinato contra a pessoa de Antônia Rodrigues, Tana, será na semana seguinte àquela data, faltando ainda confirmar o dia da semana. “O caso Tana já está praticamente pautado, já está se ultimando a fase final para o julgamento e há uma grande probabilidade de que ele ocorra justamente na semana seguinte ao julgamento da Ana Alice”, comenta aquela autoridade dizendo que adotará a mesma sistemática participativa.     
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural