
Domingo Rural e Esperança no Campo evidenciam conferência territorial acontecida em Soledade
A Conferência Territorial de Ater do Território do Cariri Oriental e Seridó associada ao conjunto das ações desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário em todo o Estado da Paraíba e governos locais foram temas trabalhados no Programa Esperança no Campo e Programa Domingo Rural dos dias 05 e 06 deste mês a partir de entrevista trabalhada com a agricultora Maria Betânia Burity Alves, residente em Pedra Lavrada; com o componente daquele território, Armistrong de Araújo Souto; com o delegado adjunto do MDA no estado, Antônio Alves; com o agricultor Aldo César Cavalcante Souto, residente no município de Santo André; com o assessor da Emater de Santa Cecília, Ailton Francisco dos Santos; e com a assessora de Gestão Social do NEDET Cariri Oriental, Raiza Tavares que falaram detalhadamente sobre as ações do fórum nos dois territórios e sobre a expectativa futura de melhoras na extensão rural e social.
“É uma avaliação extremamente positiva no sentido do nível da discussão e do nível das propostas, via de regras as pessoas estão entendendo que é preciso que se pense numa assistência técnica e numa extensão rural focada no agricultor familiar, no agricultor pequeno porque as perspectivas deles são outras diferenciadas das do agricultor de grande poder aquisitivo e que conseguem acessar outros recursos, então o agricultor familiar historicamente desprivilegiado passa a ter nestes últimos doze anos ou treze anos uma atenção do Governo Federal e até dos governos estaduais aqui ou acolá diferenciada para que ele possa também sobreviver nessa questão da produção em ambientes de semiárido, de caatinga, então a gente avalia que numa discussão aqui numa conferência dupla como essa nossa de Seridó e de Cariri Oriental num nível que está muito bom pela percepção que as pessoas estão tendo desse universo diferenciado da agricultura familiar”, explica Armistrong de Araújo Souto.
“Essa conferência é um avanço muito grande porque com a lei do Programa Nacional de ATER, do Plano Nacional de ATER com a política nacional de ATER de 2010 instituiu que todos os rumos da assistência técnica ia ser feita a partir das conferências, não vai ter mais aquele plano plurianual onde os técnicos dos ministérios diziam o que deve se fazer com a assistência técnica e seus recursos e agora quem diz é o agricultor, é o extensionista e pessoas que se reúnem nessas conferências e o objetivo dessas conferências é dizer o que é que o agricultor quer, o que o extensionista quer para melhorar a assistência técnica, pra fazer com a assistência técnica realmente funcione e pra onde vão os recursos”, relata o assessor da Emater, Ailton Francisco dos Santos.
“Faço a avaliação de que é importante porque a gente está conseguindo agregar propostas para que não só vá contribuir as ATERs, mas vá contribuir os agricultores e as ATERs porque sabemos que ainda está muito defasada a questão das ATERs nos municípios, no estado e no Brasil e que precisa ser melhorado para que venha realmente contribuir com a agricultura familiar e esse espaço em que a gente está vivenciando a gente conseguiu colocar em nossas propostas e dizer o que a gente queria que as ATERs venham contribuir com a realidade existente no semiárido, não que ela venha trazer algo de fora e que os técnicos tenham a facilidade e a compreensão de entender o que vivemos e que presenciamos no nosso dia a dia, então essa conferência veio fechar para que a gente venha levar nossas propostas para a estadual e para a nacional onde fecharemos com chave de ouro dizendo que a agricultura familiar precisa de assistência técnica, mas assistência técnica voltada realmente para o que ela necessita”, explica a agricultora Maria Betânia Burity Alves.
“Faço uma avaliação positiva, que com a criação dessas demandas para a assistência técnica espero que isso venha realmente fortalecer porque a gente lá no campo tem essas dificuldades, a gente as vezes tem uma fruticultura que não está safrejando, a gente tem dificuldade e deficiência no solo que depende de uma análise do solo e a gente não tem esse tipo de trabalho lá”, explica o agricultor Aldo César Cavalcante Souto, dizendo acreditar que muito ainda tem a melhorar na extensão rural.
“Trata-se de um processo importante, nós não tínhamos feito ainda uma conferência conjunta de dois territórios, foi uma experiência muito boa e acho que com isso a gente vai se aperfeiçoando na discussão da territorialidade do nosso estado”, argumenta o delegado adjunto do MDA, Antônio Alves, dizendo acreditar que as conferências aconteceram em todo o estado e levarão propostas para uma ater com agroecologia dentro da estadual e da nacional que acontecerão no quinto mês de 2016.
“A participação realmente foi muito surpreendente em termos de presenças, mas não somente em termos de presença, mas em termos de construção de propostas dos grupos que ficaram bem divididos e as propostas desses grupos foram muito boas e realmente a gente acha que essas propostas têm todas as chances de chegar tanto na estadual como na nacional “, comenta Raiza Tavares evidenciando que a conferência contou com cerca de 150 pessoas.
A Conferência Territorial de Assistência Técnica e Extensão na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária da Paraíba tem por finalidade definir estratégias e ações prioritárias para promover a universalização da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) pública e de qualidade aos agricultores e agricultoras familiares da Paraíba, por meio do diálogo e da interação entre a sociedade civil, governos e agricultores familiares.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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