Agricultores têm somente o mês de fevereiro para contratar crédito estiagem

Agricultores do semiárido têm até o final do mês de fevereiro para fazer seu crédito estiagem em regime de emergência junto ao Banco do Nordeste e, desta forma, o agricultor e ou a agricultora deve procurar a Emater, o BNB ou o sindicato dos trabalhadores rurais de seu município.

Patrícia de Vascocelos Silva Neves(foto) é agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste e, no Programa Domingo Rural do domingo(10/02) e Universo Rural da terça-feira(05/02), falou sobre o Crédito Estiagem e sobre como as pessoas devem fazer para participar do Programa que se encerra no final de fevereiro. “No Banco do Nordeste nós temos recursos até agora o dia 28 de fevereiro, recursos do Estiagem que vai propostas de até R$ 12 mil reais com 40% de desconto, a cada R$ 1 mil reais que o produtor tira ele só vai pagar R$ 600 reais, então é um recurso para o produtor, mas se este recurso terminar agora em 28 de fevereiro a gente não tem nem perna mesmo para contratar todo mundo, as pessoas que ainda pleiteiam e que ainda estão com projeto dentro das EMATERs, com os projetistas para entregar, então é por isso nossa solicitação e a emergência de que esse dinheiro venha ser prorrogado”, explica aquela a de desenvolvimento daquela instituição financeira.

Ela informou que os recursos desse projeto é para o processo de estruturação em recursos hídricos dentro da lógica de convivência com o semiárido. “O projeto dentro da prioridade é para água, ou seja, você ter como armazenar água na sua propriedade ou via cisterna, barreiro, açude, barragens subterrâneas, ampliar os açudes hoje existentes porque na hora que a chuva você tem que ter o local de capitação apropriado e já realizado o trabalho porque quando a chuva começa não dar mais pra você colocar as máquinas e fazer as limpas dos diversos pequenos açudes que têm em nossa região”, explica acrescentando que uma outra alternativa dos recursos do estiagem, dentre outras ações, está direcionado para o processo de geração de alimentos para os animais já existentes no unidade produtiva do proponente no projeto.

Patrícia reafirma as discussões que estão acontecendo nos diversos territórios em que as entidades territoriais vêm cobrando do governo a ampliação do tempo dessa linha de projeto por entender que deve ser uma política e não apenas um projeto emergencial já que estiagem é sempre algo muito certo na vida das famílias moradoras no semiárido. “A minha percepção é que nós não chegamos ainda no liminar do desenvolvimento em pensar a estiagem num aspecto de longo prazo, nós sempre estamos com políticas de combate e em cima da hora depois que a estiagem já começou. Os estudos já demonstram que o Nordeste sempre vai ter estiagem, então o que se precisa não é programa, o que se precisa é política, ou seja, política é diferente de programa. O programa tem curto prazo, tem prazo determinado, mas a política ela é permanente, então uma das coisas que eu penso na minha visão como agente de desenvolvimento é ter uma política das águas no estado, o estado precisa ter uma política séria das águas, das grandes quantidades de água e das águas estruturadas dentro das propriedades”.

Ao dialogar com os ouvintes das nossas emissoras parceiras, Jerônimo Rodrigues de Sousa, assessor do ministro do Desenvolvimento Agrário, disse que recebeu documento reivindicatório dos territórios junto ao governo federal e que a decisão de repensar o Programa Crédito Estiagem ficará a cargo da presidenta Dilma Rousseff que tem demonstrado sensibilidade com a realidade de seca e tem compromisso com o desenvolvimento da região semiárida. “Isso é uma decisão para a presidenta Dilma, ela, como sempre, muito sensível a esse tema vem dialogando com o Ministério da Integração, vem dialogando com o MDA, com o MAPA, com o MDS e ela nos próximos dias dará alguma notícia sobre isso”, explica dizendo que existem apelos no sentido de que esse programa seja prorrogado.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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