Brasil Sem Miséria proporciona sementes crioulas para entidades de pequenos agricultores paraibanos

Entidades de agricultores de cidades do Brejo e Curimataú receberam 19 toneladas de sementes crioulas a partir das ações do Programa Brasil sem Miséria do Governo Federal através de parceria com o MPA, Movimento dos Pequenos Agricultores e entrega que aconteceu na manhã da última segunda-feira(25/02) na Praça do Calçadão, centro da cidade de Areia.

A coordenadora do MPA na PB, Elisângela de Lima Alves, informou que o estado da Paraíba foi contemplado com 19 toneladas de feijão e milho para o plantio 2013 e que a ação contempla 17 estados brasileiros. Estamos distribuindo essas sementes para agricultores de nossas bases do MPA que estão nos municípios de Areia, Bananeiras, Remígio, Esperança, Aracaji, Pilões, Alagoa Grande e São Sebastião de Lagoa de Roça, explica aquela assessora argumentando que estão sendo contempladas as entidades que são parceiras do movimento: Sindicato dos Trabalhadores Rurais Remígio e Pilões, MST, CPT(Alagoinha), CPT (Curimataú), CPT (Litoral), MAB(Movimento dos Atingidos por Barragens.

Francisca Paula da Conceição Gonçalves é componente do MPA-PB e, ao dialogar com os ouvintes do Programa Universo Rural desta terça-feira(26), informou que a semente veio para atender a agricultores e entidades da base do movimento que compreende nove municípios dizendo que o MPA chega com a entrega de sementes num momento em que não está sendo entregue sementes por parte dos governos federal e estadual. “O Movimento dos Pequenos Agricultores é um movimento de caráter nacional e tem o coletivo de produção e essa semente que veio pra ser distribuída hoje na cidade de Areia para os municípios que compreende a base do movimento que são nove municípios aqui presentes e demais entidades parceiras do movimento. A importância pra nós enquanto movimento social é que estamos á frente dos municípios e do governo do estado porque já estamos em fevreiro e nenhuma distribuição de sementes”.

Eulália dos Santos Oliveira, Lalinha, é coordenadora nacional do MPA e, ao participar de nosso Universo Rural, informou que a dinâmica de distribuição é pela organicidade e que aqui na Paraíba está sendo atendidas as bases do movimento nos municípios e depois os diversos parceiros STRs, CPT, MAB, associações parceiras dentre outras e garante que, ao todo, o MPA Sul vendeu para o Governo Federal 420 toneladas de sementes que, pela sai quantidade, recebe o tratamento com inseticidas num sistema convencional. “Nós costumamos brincar: proteger sementes com cinza, tipo 10 quilos, dez garrafas petis de dois litros, beleza, agora 421 toneladas pra gente virar á mão quilo por quilo infelizmente não dá, e o milho tem uma facilidade muito grande de pegar o pulgão, o feijão não, o feijão se fosse pra consumir até que daria porque ele não tem nenhum tipo de agrotóxico, nenhum tipo de conservante, mas o milho infelizmente é tratado e ele não serve para consumir, só para o plantio”, explica ao dialogar com nosso público ouvinte.

Renildes Tavares do Nascimento é secretário da agricultura do município de Areia e, ao dialogar com Stúdio Rural, disse que o município foi contemplo com cerca de seis toneladas que serão distribuídas naquele município em parceria com entidades parceiras municipais. “Nós vamos fazer a distribuição atendendo a maioria dos agricultores, aqueles que realmente plantam porque nós queremos a semente para o agricultor plantar pra ter o seu banco”, explica.

Dentre os sindicatos que receberam as sementes, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Remígio recebeu 1 mil quilos de sementes entre milho e feijão e, segundo o presidente daquele sindicato, Euzébio Cavalcante de Albuquerque, a iniciativa do MPA é importante mas, no caso daquele sindicato, lamentou por ser uma semente convencional que recebe tratamento com agrotóxicos o que contrariaria o trabalho feito pelo sindicato nas dinâmicas agroecológicas na parceria com as entidades do Pólo da Borborema o que fez com que ele levasse o produto para colocar em discussão naquele sindicato se faz ou não o uso do produto além de ser um produto adaptado no processo produtivo na região Sul. “Há muito tempo que vem acontecendo isso, o governo vem trazendo sementes com agrotóxicos e antes a gente fez muita planta de sementes, mas esta semente não é boa pra se alimentar com ela e a gente tem muita preocupação isso aí de como é que a gente fazer com uma semente tratada com veneno, esse é o chamamento que a gente vai levar para a comissão de sementes pra que a gente debata. Se a gente tiver que não plantar a gente não planta, mas a gente vai debater isso juntos”, explica aquela liderança após receber o produto.

Produzida pela OESTEBIO, Cooperativa Mista de Produção, Industrialização de Biocombustívies e Produtos Agropecuários do Sul do Brasil, São Miguel do Oeste, Santa Catarina, o produtos já teve sua distribuição em diversos estados da federação e, segundo a coordenadora do movimento, Eulália dos Santos Oliveira, estão sendo distribuídos 421 toneladas dentro do Projeto Brasil Sem Miséria além de produção feita pela empresa para venda na Venezuela e Cuba dentre outras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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