Chefe da Embrapa participa de Fórum Permanente da Cadeia do Algodão em Alagoas

O chefe da Embrapa Algodão Campina Grande, Napoleão Esberard de Macedo Beltrão(foto), participou do Fórum Permanente da Cadeia do Algodão em Alagoas, em evento que aconteceu na cidade de Maceió, durante os dias 13 e 14 deste mês de maio e que contou com representações de segmentos diversos interessados na cadeia produtiva do algodão naquele estado nordestino.

Entrevistado na tarde desta terça-feira(27) pela equipe Stúdio Rural, Beltrão falou sobre sua participação naquele evento e sobre o papel a ser desenvolvido pela Embrapa enquanto instituição geradora de conhecimentos adaptáveis a região semi-árida brasileira e para o desenvolvimento das diversas regiões do país. “Em Alagoas nós estivemos durante dois dias neste mês de maio onde tivemos a oportunidade de participar do Fórum Permanente sobre a cadeia do algodão, Alagoas já foi um tradicional produtor de algodão, hoje não tem mais nem mil hectares de algodão, já teve 150 mil hectares de algodão mas quer dar a volta por cima e entrar com algodão irrigado principalmente na região do sertão que é banhado pelo São Francisco e não tem áreas irrigadas”, argumenta o pesquisador chefe da unidade campinense, justificando que tem toda a viabilidade técnica para a produção, inclusive com variedades de fibra longa, ainda pouco produzida no Brasil.

Napoleão disse que recentemente diversos chefes de unidades da Embrapa estiveram reunidos na Embrapa de Campina Grande com o objetivo de ampliar as ações da Embrapa em torno da produção de algodão irrigado buscando viabilizar um projeto de desenvolvimento, pesquisa e inovação tecnológica com algodão irrigado ampliando as informações que, para Beltrão ainda são muito escassas e merecem maior investimento e atenção já que o algodão é tido como cultura excelente para ser trabalhada com irrigação e o Brasil se traduz no quinto produtor mundial de algodão mesmo sem o processo de irrigação em sua cotonicultura. “O algodão é uma cultura de irrigação e a gente tem ampla possibilidade de ter um algodão irrigado diferenciado e da melhor qualidade possível, produzindo aqui no Nordeste, a Bahia é que está na frente desse processo, tem hoje em torno de 25 mil hectares de algodão, Paraíba tem 200 mil hectares de áreas irrigáveis, não é uma área tão grande mas é uma área significativa e parte disso aí em sistemas de rotação com outras culturas deveriam ser utilizadas para produção de algodão com uma rentabilidade muito grande já que a produtividade é assegurado porque você tem o controle da água e o restante se faz porque nós temos sol, luz em abundância, solo se corrige e tendo água se tem produção e qualidade”, justifica.

Beltrão informou que no encontro de Alagoas ficou certo um retorno nas discussões com a consolidação do projeto, justificando que o governo daquele estado tem como meta o investimento de R$ 70 milhões na cotonicultura alagoana que conta com projetos da agricultura familiar com área de 13 hectares para produtores e 30 hectares para agentes técnicos que serão referência de produção.

Com relação ao bicudo, o pesquisador garante que as experiências desenvolvidas mostram que com as medidas preventivas de forma coletiva é possível o processo de convivência com o inseto evitando que se transforme em praga.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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