Clube Campestre faz a festa com Santanna o Cantador do Nordeste

Um grande show associado a um grande público, assim se traduz o show do cantor Santanna, em evento que aconteceu na última sexta-feira, 21 de maio, no Clube Campestre em Campina Grande, atividade cultural que contou também com o grupo Forró de Mãe Joana e que atraiu um público interessado em cantar e dançar o verdadeiro forró pé de serra.

Stúdio Rural compareceu ao local e conversou com o cantor Santanna que, além do show, anunciou seu mais novo CD intitulado, “Forró a arte do abraço” que ao todo conta com 18 músicas retratando a vida do povo nordestino e após o evento conversou com Stúdio Rural sobre sua vida, arte e a realidade por que passe a cultura com a chegada de modelo de arte que colocam em risco a tradição cultural do povo da região em troca de modelos que não oferecem sustentabilidade.

Nascido na cidade Juazeiro do Norte-CE, Santanna fala de sua fé nos santos e na capacidade do povo nordestino, seu empenho em falar de um Nordeste de novos rumos á sustentabilidade e diz trabalhar em suas músicas a beleza nordestina e de seu povo. “O mais belo do Nordeste é o povo nordestino”, afirma o cantor, momento em que diz que a música nordestina começa a ocupar importantes espaços em todas as épocas do ano. “Antigamente a gente trabalhava um mês para sobreviver um ano e hoje a auto-sustentabilidade do forró é uma coisa invejável, por que é uma música decente, é uma música feita para a família e é a melhor proposta poética na música hoje no mundo é forró pé de serra”, argumenta Santanna citando diversos nomes que já vivem da arte e para a arte.

Santanna falou obre o papel de Luiz Gonzaga em difundir problemas e soluções para a região Nordeste brasileira, evidenciando que os novos artistas que estão chegando têm muitas referências para fazer cultura propositiva e disse que, ele como artista, faz opção em mostrar o novo momento que o Nordeste está passando. “Eu quero mostrar o Nordeste que está dando certo, se você me perguntar: você já cantou a seca alguma vez? Já, mas não canto mais. Eu tenho uma proposta melhor que é cantar as potencialidades da minha terra, Nordeste que eu sobrevivi, que meu pai sobreviveu, meu avô, meu bisavô, meu tataravô, meu tetravô, meu quinto avô, todos eles sobreviveram aqui na minha terra, no Nordeste”, argumenta o artista, dizendo que a pobreza e a riqueza estão em toda a parte e são relativas. “Eu canto quatro propostas, quatro itens. Canto o romântico para o ouvido da mulher, canto a alto-ajuda, meio ambiente e ecologia”, argumenta.

Para ele, o ano de 2008 promete muito para quem faz cultura com seriedade falando sobre as cidades em que estará fazendo shows em regiões diversas do país que querem sabre da cultura e da vida do povo nordestino com um aprendizado através da música. “Eu tenho que ir para outras paragens porque existem muitos irmãos meus nordestinos que estão por lá, e a gente precisa levar um recado pra eles, aquela coisa de dizer: vamos voltar pra lá, vamos investir lá, aprenda tudo que você poder aqui e leve seu conhecimento prá lá, então a gente precisa divulgar isso e eu vou ter que sair do Nordeste pra fazer isso, já estou saindo, já fui para Brasília, fui para Minas Gerais, Belo Horizonte, estou indo para Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul á pedidos”, argumenta, dizendo que cidades de estados nordestinos estão agendados para esse São João 2008.

Ele diz que muitos artistas tiveram influência sobre sua arte, citando como exemplo Luiz Gonzaga, Maria Betânia, Belchior, Fagner, Orlando Silva, João Bosca e Elomar.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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