Conclusão de safra do algodão orgânico representa possível construção de referência pra outras unidades no interior paraibano
Uma nova alternativa utilizando o algodão agroecológico na diversidade da agricultura feita por famílias agricultoras do Reassentamento Águas de Acauã, no município de Itatuba, Agreste paraibano, está posta nos resultados concluídos com o processo de pesagem do produto que se deu no último 31 de outubro naquela localidade.
O tema, em evidência na comunicação Stúdio Rural, vem despertando o interesse de diversas unidades produtivas e por famílias agricultoras da região que já tem inspiração em resultados apresentados pelo município de Ingá, dentre outros municípios assessorados pelas ações parceiras da Empaer-PB, órgão do governo paraibano, e pode se ampliar no ano agrícola 2024. “Esse é um resgate social dessas famílias do Movimento dos Atingidos por Barragens, atingidas pelas águas da Barragem de Acauã, que depois de mais de 20 anos tiveram essa grande conquista, através do governo do estado que adquiriu essa terra e vai reassentar cem famílias com toda a estrutura urbana, mas também um projeto produtivo, e essa algodão agroecológico orgânico branco consorciado é o exemplo desse resgate da cultura do algodão no município de Itatuba, na região de Itabaiana, e na Paraíba, mas também essa reparação social com essas famílias tão importantes, então o governo do estado, através da Empaer Paraíba, implantou esse projeto aí em conjunto com esses agricultores que acreditaram nesse Projeto Algodão ATER Paraíba e está aí o resultado, eles trabalharam, fizeram os tratos culturais, desempenharam todo o seu trabalho com sua mão de obra familiar, com toda a orientação dos técnicos da Empaer e estamos aí colhendo resultados”, explica o gerente da Empaer regional Itabaiana, extensionista Paulo Emilio Carneiro de Souza, ao dialogar com o público ouvinte Stúdio Rural, acrescentando que hoje são dez famílias envolvidas diretamente no projeto, em cerca de dez hectares, colhendo cerca de 5 toneladas do produto já previamente vendido e recebido no ato da pesagem e entrega.
Dialogando com Stúdio Rural, o representante da empresa Santa Luzia Rede e Decorações, Armando Dantas Filho, Armandinho, explicou o conjunto das ações integradas pela empresa compradora do produto já de forma previamente planejada e classifica a ação conjunta como indutora ao fortalecimento da agricultura familiar que terá no algodão uma cultura de renda capaz de somar para o processo de inclusão das mulheres nos sistemas produtivos e da juventude no processo de sucessão nas atividades camponesas. “Meu sentimento é muito positivo porque, apesar das adversidades nos índices pluviométricos que a nossa região precisava, mas o empenho dos produtores, das produtoras da agricultura familiar que foram muito resilientes, não desistiram, não abandonaram a cultura e aí o resultado foi ainda positivo e eu diria que mais positivo também é o crescimento e propagação do sucesso do algodão orgânico colorido e o branco por causa da compra garantida”, comemora Armandinho dizendo ter parcerias em outros projetos pelo estado da Paraíba e acredita que a safra do próximo ano tende a ter mais áreas com o algodão orgânico fazendo parte da atividade da agricultura familiar por todo o estado.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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Como extensionista que acompanhei a implantação desse projeto no Reassentamento de Acuaã, desde o plantio, tratos culturais, da colheita e finalmente da Pesagem da produção desse algodão, sinto-me feliz por estar junto de pessoas como Osvaldo e seus companheiros que acreditaram na orientação de Paulo Emilio, gerente Regional da EMPAER que incentivou iniciar a ocupação da propriedade com a cultura do algodão herbaceo branco que é adaptado ao clima semiárido da Região e tem comercialização e preço garantido, alem da Orientação da EMPAER. Osvaldo animou os companheiros de luta em aceitar essa experiência como início de um novo tempo desse povo tão sofrido na ocupação dessa propriedade com a cultura do algodão herbaceo branco adaptado às condições do semiárido e agora colhemos os esforços desse povo e feliz com a felicidade deles.