
Durante entrevista: Presidente da Conab explica a importância de estoques na formação dos preços
A Conab verdadeiramente caminhava para a extinção, se o presidente Lula não tivesse vencido o inelegível do Bolsonaro, muito provavelmente a Conab já não existiria vítima do desmonte das estruturas e também das políticas públicas, e o PAA é nosso carro chefe e propriamente na aquisição de alimentos onde a gente compra da agricultura familiar e assentados da reforma agrária, indígenas, quilombolas, e essa comida simultaneamente distribuída na mesa de quem passa necessidade ou na rede socioassistencial dos municípios como hospitais, creches, abrigos, asilos ou em forma de sestas de alimentos para o público mais vulnerável.
A afirmativa é do presidente da Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, Edegar Pretto, durante recente entrevistas a TV Fórum, fazendo um balanço do conjunto das ações da Companhia no atual governo e falando sobre os investimentos que estão sendo empreendidos na empresa com o objetivo de estabilizar mercados a partir da compra de produtos em épocas de maior produção e venda desses produtos, abastecendo mercados nacionais, em tempos de menor produção, crises ou elevadas procuras. “A Conab hoje está preparada pra voltar a fazer estoques ainda mais robustos, lembro que em 2023 nós já fizemos estoques de milho, em 2024, depois de onze anos que não tinha mais estoque de trigo, nós estamos fazendo estoque de trigo e lançamos um contrato de opção de arroz aproveitando que nós vamos ter uma grande safra de arroz, nós queríamos também dar as garantias para o agricultor de que produzir comida é vantajoso economicamente, então a Conab lançou o contrato de opção de arroz, colocamos 20% acima do preço mínimo e, enquanto opção, se o agricultor fez o contrato e na hora de vender lá em agosto desse ano se o preço do mercado estiver acima daquele contratado que é 20% acima do mínimo ele pode vender pro mercado, agora se o mercado não pagar esse valor, a Conab compra”, explica Pretto reforçando que já estão contratadas 91 mil toneladas de arroz e espera concretizar esses contratos para que o país tenha um estoque do produto para os tempos de necessária demanda.
Durante a entrevista, Pretto fala sobre as diversas políticas públicas a serem exercidas pela Conab, falou sobre a realidade atual e sobre as perspectivas a serem trabalhadas no decorrer de 2025 e caminhada para o ano de 2026 a partir do exercício do novo comitê permanente coordenado no Ministério da Fazenda com profissionais ligados ao MDA, Conab, MF, dentre outros, que possam trabalhar perspectivas de mercados e consumos na realidade interna e também na geopolítica. “Então esse comitê permanente vai avaliar em torno de quinze itens de produtos, especialmente os que impactam mais na inflação dos alimentos, no bolso do trabalhador pra gente fazer um acompanhamento permanente e dar ao presidente da República todas as informações pra que ele possa tomar decisões mais assertivas especialmente olhando pra essas mudanças na geopolítica” reforça Edegar. “Por um lado a gente não pode perder essas oportunidades porque exportar é importante para as nossas divisas, para nosso balança comercial, pra nossa economia, para o nosso campo agrícola brasileiro é muito importante, mas como é que a gente protege o nosso consumo interno, por isso que a Conab ganha ainda mais importância” afirma aquela liderança justificando investimentos feitos pelo governo brasileiro para o fortalecimento da Companhia Brasileira de Abastecimento.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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