Entidades da ASA Paraíba se reúnem durante dois dias no IFPB de Sousa

Durante esta terça-feira(21) e quarta-feira(22) as entidades da ASA Paraíba, Articulação no Semiárido Paraibano, vão se reunir, no IFPB, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, em Sousa, para fazer uma ampla avaliação e planejamento das ações das entidades da ASA nas políticas de estruturação da agricultura familiar na lógica da mobilização de convivência com o semiárido e ao mesmo tempo planejar o EPA, Encontro Paraibano de Agroecologia e o Enconasa, Encontra Nacional da ASA que acontecerão neste segundo semestre deste ano.

As informações foram trabalhadas no Programa Universo Rural da Rádio Bonsucesso de Pombal, na tarde desta segunda-feira(20/08), a partir de entrevista concedida pela assessora da ONG PATAC, Maria da Glória Batista(foto), entidade que tem sede em Campina Grande e assessora entidades e famílias agricultoras do Coletivo Regional do Cariri, Seridó e Curimataú momento em que aquela assessora explicou em detalhe as ações a serem trabalhadas durante os dois dias na cidade de Sousa. “A idéia e que a partir de nossas práticas, a partir das ações dinamizadas pela ASA nos territórios a gente possa refletir sobre o conjunto das ações que a gente está desempenhando, mas que também a gente reflita sobre a nossa forma de gestão e que a gente pense o nosso futuro com um olhar para o futuro. A gente está vivendo um momento onde o Governo Federal, onde a presidenta Dilma colocou a importância da universalização da água de beber que inclusive vale dizer que quem propôs isso ao governo foi a ASA enquanto articulação no semiárido brasileiro, então nós propomos a questão da água com o programa Um Milhão de Cisternas onde o governo abraçou essa idéia e hoje a presidente Dilma fala da universalização da água de beber”, explica aquela assessora ao lembrar que a cisterna sem o processo de mobilização para a convivência com o semiárido não terá a eficácia básica de fortalecimento das famílias agricultoras em todas as regiões do estado e do Nordeste como um todo.

Ao participar do Programa, ela argumentou que já há muitas insatisfações por parte da agricultura familiar contemplada com cisternas de plástico proporcionadas por programas governamentais que em pouco tempo de vida útil já começa a apresentar problemas e garante que a ASA vem levantando essa problemática e apresentará no Enconasa, Encontro Nacional da ASA(Articulação no Semiárido) que acontecerá em novembro deste ano, no município mineiro de januária. “Na verdade a ASA Brasil lançou a campanha: cisternas de PVC somos contra, então além dessa campanha esse encontro também vai fortalecer essa campanha e também mais uma vez a gente se coloca diante de uma barbaridade dessas porque você ter recursos públicos que vai investir numa tecnologia que os meios de comunicação vem mostrando, inclusive no Globo Rural saiu e em vários outros meios de comunicação a exemplo da Folha de São Paulo onde saíram algumas matérias onde se faz uma crítica muito forte a essas cisternas. Quem na verdade vem também colocando isso é a ASA que já colocou isso quando nós fizemos a nossa manifestação lá em Petrolina e Juazeiro, em novembro do ano passado”, explica Glória dizendo que a ASA tem mostrado que a tecnologia de PVC custa duas vezes mais que a tecnologia das cisternas de placas de cimento; que a tecnologia vem de fora através de uma empresa mexicana, gerando empregos fora da região e aproveitou para fazer um contra-ponto apresentando as vantagens das tecnologias sociais trabalhadas pelas entidades da Articulação do Semiárido que tem fortalecido a economia local. “Aqui quem faz é o pedreiro e então você fortalece a economia local, quem fornece o material são as casas de material de construção dos municípios onde a ação acontece, então você vê que tem todo um fortalecimento da economia local e não algo que vem de fora, que vem pronto.

Ela explicou que as entidades já identificam elevado número de cisterna de PVC danificadas sem que a sociedade tenha a quem recorrer e ao mesmo tempo já promete ser um produto que será descartado no meio ambiente e, baseado nessa urgente realidade, as entidades estão se empenhando em conscientizar para o fato de que a tecnologia das cisternas de placas são realmente apropriadas baseada no tempo de vida útil das milhares de tecnologias espalhadas por todo o semiárido brasileiro. “Além disso, a própria construção das cisternas é algo que vem daquilo que a gente valoriza que é o conhecimento dos agricultores e a cisterna de placas foi e é uma tecnologia que vem da prática dos agricultores”, argumenta Glória ao dialogar com os ouvintes da 1180 kHz.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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