Entidades e agricultores experimentadores do polo fazem lançamento 2015 das sementes da Paixão

Entidades da agricultura familiar e famílias agricultoras experimentadoras em agroecologia dos municípios da Borborema participaram de dois dias de evento para discutir as feiras agroecológicas do Polo da Borborema e discutir os programas e ações relacionados as sementes da Paixão e bancos de sementes nas diversas comunidades dos municípios contidos.

O evento aconteceu durante o dia 27 e 28 de abril, tendo como local o banco mãe de sementes, na comunidade Quicé, município de Lagoa Seca e, segundo a componente do Polo da Borborema, Roselita Vitor de Albuquerque, foi momento para discutir as ações e renovação de políticas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome(MDS) no fortalecimento das políticas de sementes da paixão do Polo. “Foi um momento de muita esperança, eu acho que essa relação com a ASA e o MDS de ampliar nossa luta em defesa das sementes crioulas, pelo uso livre das sementes foi um momento de uma conquista importante porque a gente falou da nossa luta desde 1996 aqui na Paraíba com os vários governos pra reafirmar que a semente dos agricultores é semente, a gente sabe e você sabe por ter acompanhado com a gente essa luta, então a ampliação de um trabalho como esse para o semiárido, não só o paraibano, mas para o semiárido brasileiro, é uma conquista e eu acho que a gente está muito feliz porque a gente vai ter a oportunidade de que mais agricultores possam continuar conservando sementes e vai continuar trocando sementes e isso é o que nos move”, explica Vitor de Albuquerque ao dialogar com nosso público ouvinte.

Aquela liderança disse que foi trabalhado um pouco da trajetória e lutas pelas sementes desde o ano de 1996 em que a ASA Paraíba, através de sua comissão das sementes, vem numa enorme batalha desde ocupação de secretarias de estado, pesquisas que confirmam a eficácia das variedades crioulas enquanto sementes adaptadas a região dentre outros momentos e trajetórias de afirmação. “Foram vários momentos, inclusive de poder ter uma lei estadual que hoje reconhece os bancos de sementes como espaço de conservação, de armazenamento das sementes e, nós trouxemos essa trajetória, ao mesmo tempo em que a gente tem afirmado a importância do fortalecimento da rede de agricultores e agricultoras para esse processo avançar, do como é que a gente multiplica cada vez mais essas sementes e essas experiências dos agricultores que também guardam as suas sementes no seu banco familiar, então todas essas alternativas de ter semente no banco que a família guarda precisa ser cada vez mais valorizada e elas têm que estar integradas a uma rede que fortalece essas experiências”, explica garantindo que, passado esse encontro, vem pela frente uma série de eventos, de formação, de animação das comunidades para o estímulo e fortalecimento da troca de experiências a partir de visitas e intercâmbios dentro e fora da microrregião e do estado.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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