As entidades da ASA Paraíba e ASA Rio Grande do Norte que trabalham com ações estruturadoras de propriedades rurais da agricultura familiar estiveram reunidas na última quarta e quinta-feira(01 e 02 de outubro) no Centro de Eventos Ipuarana, na cidade de Lagoa Seca, Brejo paraibano, objetivando aprimorar os processos de formação nos cursos de gerenciamento de recursos hídricos (GRH) do Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-árido, Programa 1 Milhão de Cisternas(P1MC).

Outro objetivo do evento foi promover o intercâmbio de experiências de formação dos cursos de GRH, definir o perfil dos facilitadores de GRH, construir a matriz estrutural e organizacional da capacitação em GRH, entender as variações metodológicas e pedagógicas e construir orientações metodológicas para qualificar as capacitações em GRH.

Segundo o representante do Patac, Valdir Cordeiro, o evento contou com três representantes por Unidade Gestora, com dois facilitadores de GRH e um técnico da entidade local envolvida nas capacitações e cumpriu sua meta de fazer a troca das várias formas que se tem trabalhado os cursos de construção de cisternas e as mobilizações em torno do processo de tratamento de água dentro do processo de formação de convivência com o semi-árido. “As pessoas estão trabalhando na Paraíba e Rio Grande do Norte em cada comunidade e a troca da forma de como está fazendo essas discussões nas comunidades, o conteúdo que está sendo trabalhado é essencial pra fazer com que se melhore a qualidade do que está sendo feito”, argumenta Valdir, informando que este representa um segundo momento do projeto já que recentemente aconteceu um primeiro encontro envolvendo os cisterneiros dos dois estados, desta vez gerenciamento dos recursos hídricos e em breve será desenvolvido um terceiro encontro que abordará o uso de bombas para as cisternas, prática que evita contaminação da água de beber.

Para o representante da ASA Brasil, Articulação do Semi-árido Brasileiro, Flávio Lira, o encontro proporciou um momento de troca de experiências em torno da realização dos cursos que os educadores e educadoras realizam com as famílias beneficiárias do Programa P1MC. “Eles se reúnem durante dois dias com as famílias para apresentar a proposta de construção da cisterna familiar dentro de uma estratégia de melhor convivência com o Semi-árido e dos cuidados necessários a manutenção da cisterna que vai beneficiar a família com água potável, água de beber e de boa qualidade, portanto como manter essa água de boa qualidade, melhorando a qualidade de vida da família, principalmente das mulheres que se deslocam muitas vezes durante horas por dia pra buscar uma lata d’água”, argumenta Lira ao dialogar com Stúdio Rural.

Para a representante da CAASP, Central dos Assentamentos e Acampamentos do Auto Sertão Paraibano, Maria Elza Gomes, com o encontro os participantes tiveram a oportunidade de trocar experiências a partir das realidades vivenciadas nos cursos de gerenciamento de recursos hídricos entre as práticas trabalhadas nos dois estados e que todos os participantes do encontro se comprometeram em compartilhar as informações com as entidades locais tão logo cheguem em suas comunidades. “Primeiro passo vou sentar com a CAASP e repassar o que foi trabalhado aqui para que haja maior integração entre os animadores quanto o corpo da diretoria da UGM e com os multiplicadores da GRH”, argumenta Elza.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural