Estudantes rurais de Remígio contabilizam prejuízos por falta de transporte escolar

A comunidade rural do Assentamento Queimadas e Oziel Pereira, em Remígio, denunciaram a realidade enfrentada naquelas comunidades em razão da falta de transporte escolar que viabilizem o acesso ao setor urbano daquele município.

A denúncia foi feito no último dia 12 durante a avaliação dos consórcios da entre culturas oleaginosas com a o=palma forrageira que aconteceu no Assentamento Queimadas e que envolveu famílias rurais dessas duas comunidades organizadas. Eles informaram que o ônibus que passa na localidade é do município de Algodão de Jandaíra que passa lotado e sempre falta em razão das péssimas condições das estrada de acesso aquelas unidades produtivas.

“Por falta de transporte porque a gente não tem um transporte para levar nossos filhos, é tanto que eu tive um problema de meu filho no dia 7 de setembro o sonho dele era desfilar. Amanheceu o dia ele se arrumou, deu oito e maia e o carro não chegou, nisso me doeu por eu ver meu filho chorando e eu perguntei porque ele estava chorando e ele disse que o sonho dele era desfilar. Nisso chegou mais crianças, já fazia uma semana que o ônibus não vinha e ficou certo que o ônibus vinha buscar os estudantes no dia 7 de setembro e o sonho de um pai é ver o filho marchando vê que muitas vezes para o analfabeto acha que o filho ali marchando é a representação do estudo da educação que o pai está dando”, explica indignada a agricultora Maria José Felício(foto), residente no Assentamento Oziel Pereira de Remígio.

“A coisa melhor que eu quero vê é meu filho estudar porque eu não tenho as poucas condições pra durante o período que falta esse ônibus, esse ônibus não é pra nós, pra nossos filhos, é diretamente de Algodão de Jandaíra que fica passando pegando pra ir pra Remígio e essa semana eu falei diretamente com o prefeito Cláudio Regis que eu tenho como amigo e eu falei com ele sobre a rodagem, dois quilômetros de rodagem que aquilo não é rodagem não. É uma barragem subterrânea e ele falou pra nós eu juntássemos os pais de família que precisava que ele mandava um caminhão pra nós aterrar”, explica o agricultor João Rufino dos Santos, residente no Assentamento Oziel Pereira, questionando o papel do município e suas obrigações com os munícipes em geral.

A agricultora Advânia de Aguiar Almeida, residente no Assentamento Queimadas, disse tratar-se de uma situação difícil já que crianças e adultos estudantes estão o tempo todo prejudicador em razão da falta do ônibus próprio para a estudantada e registra que são semanas completas de irreparáveis perdas contabilizadas pelos componentes familiares. “É difícil porque não tem transporte, o transporte aqui já é de Algodão de Jandaíra e ultimamente o ônibus não está indo levar os estudantes em Remígio. Diz que é porque está quebrado, um dia está sem freio, um dia está com pneu furado e isso está ficando complicado porque as crianças estão ficando sem ir pra escola ainda mais que eles pra pegar esse transporte eles andam meia de pé pra ir. E teve até o desfile em Remígio, a maioria dos estudantes venderam um feijãozinho, a minha irmã mesmo vendeu um carneiro pra comprar o sapato e a calça pra marchar e voltaram tudo pra casa”, lamentou a agricultora.

“Eu mesmo sou estudante também, estudo no EJA e minha maior vontade é de estudar em Remígio, porque como eu sou hoje um cidadão remigense meu interesse era estudar em Remígio só que infelizmente por falta de transporte estamos estudando em Arara”, relata o agricultor estudante, Severino Ramos dos Santos.

Outro entrevistado foi o agricultor pai de estudantes usuários da educação e também estudante, Ronaldo Rufino dos Santos, residente no Assentamento Oziel Pereira, que fez apelo a prefeitura de Remígio para que encontre alternativa que dê sentido ao jovem rural se manter na atividade camponesa gerando alimentos para o campo e para a cidade.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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