Falta de entrega de sementes pelo governo paraibano gera polêmica social

A falta de entrega de sementes para a produção rural junto aos agricultores familiares por parte do governo paraibano vem causando polêmica junto a sociedade paraibana.

No início da tarde desta quinta-feira(05) o delegado federal do desenvolvimento agrário paraibano, Marenilson Batista da Silva, concedeu entrevista à Rádio Campina Grande FM para dar respostas ao secretário do desenvolvimento econômico do Estado da Paraíba, Francisco de Assis Quintans, que anunciou não fazer distribuição de sementes para as famílias de pequenos agricultores, em todo o estado, por seguir informações da meteorologia de que a quantidade de chuvas seria abaixo da média, causando polêmica e indignação no meio das representações locais.

Ao participar do programa radiofônico, o representante do MDA no estado, disse ser importante explicar o significado da política pública desenvolvida pelo governo federal escutando as parcelas da sociedade, citando como exemplo a distribuição de sementes de milho, variedade Catingueiro da Embrapa, que teve distribuição com famílias de 28 municípios do Cariri paraibano, num trabalho acompanhado pelo Fórum de Desenvolvimento do Cariri, composto por segmentos diversos daquela microrregião do estado. “Não é que a gente ficou indignado com a fala do secretário, na verdade nós temos que esclarecer o que é um Programa Nacional de Sementes da Agricultura Familiar. Ele se distribui em três partes. Uma parte de distribuição para os agricultores familiares, o resgate das sementes crioulas adaptadas a realidade dos agricultores familiares e a produção com os agricultores familiares de sementes”, disse, citando como exemplo o caso específico com as famílias de agricultores no Cariri que , segundo ele, receberam milho numa quantidade de 11. 681 famílias de agricultores totalizando 233, 620 toneladas distribuídas para um público que compõe o Programa Garantia Safra. “Foi formado uma comissão territorial no território do Cariri paraibano, cada município tem uma coordenação municipal onde temos prefeituras, sindicatos, representantes da Emater”, justificou, acrescentando que cada município ao final fará o relatório municipal de toda a atividade evidenciando o resultado do trabalho, reforçando que as famílias de agricultores beneficiados têm como critério ser componente do Programa Garantia Safra.

Segundo ele, o governo federal lançou proposta para os governos estaduais trabalharem num sistema de parceria proporcional onde o governo federal participaria com a contrapartida junto as ações de cada estado, não sendo aceito por partes dos executivos estaduais.

Ele disse acreditar que a agricultura é atividade de risco e que o empreendedor rural não deixará de plantar as culturas tradicionais em razão das informações meteorológicas e que, neste aspecto, a sociedade organizada vem discutindo os programas governamentais para a agricultura familiar. “Se nós tivéssemos um serviço preciso realmente, o serviço não aquela precisão, ou seja, daqui um ano né, os meteorologistas sabem que a precisão é de semanas e no mais meses e a gente sabe que como existe a questão de seguros, no caso específico do Garantia Safra, mesmo que perda, se for decretado estado de calamidade e se tiver todos os laudos o agricultor tem o retorno com relação ao Garantia Safra. Agora é claro, quanto mais, como eu também sou pesquisador, e sei da importância do serviço de meteorologia, agora a gente não pode dizer que é 100% de precisão, sempre existe a margem de erros de município para município”, explicou

Fonte : Stúdio Rural

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