Fuga de matador de jovem agricultora gera polêmica e provoca reunião de Comitê Ana Alice em Queimadas

Uma polêmica que passou a tirar o sono de moradores das comunidades rurais de Queimadas, Boqueirão e Caturité gerou ampla expectativa e provocou uma reunião, de forma extraordinária, do Comintê Ana Alice de Combate a Violência Contra a Mulher , na manhã da última sexta-feira(10/04), logo após a notícia veiculada por toda a imprensa de que o acusado pelo estupro, assassinato e ocultação de cadáver da jovem agricultora, estudante e militante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Ana Alice de Macedo Valentin havia escalado o muro do presídio de segurança máxima de Campina Grande e fugido com destino as comunidades rurais desses municípios, local onde o mesmo nasceu e morou durante seu trajeto de vida.

Trata-se do vaqueiro Leônio Barbosa de Arruda que na noite do dia 03 de abril, quinta-feira, aproveitou uma guarita que estava aberta e fugiu, colocando pânico nos moradores, especialmente as famílias das diversas vítimas do maníaco e nos moradores que colaboraram com a prisão do acusado no mês de novembro de 2012, prática que indignou a sociedade que se mobilizou para a captura do vaqueiro á época e que com sua fuga, na atualidade, gera nova forma de indignação, perplexidade e medo na população daqueles municípios do Agreste e do Cariri Oriental paraibano.

Da reunião participaram representações de diversos sindicatos do Polo Sindical da Borborema, Stúdio Rural, deputado Frei Anastácio e sua assessoria, dentre outras que colocaram sua preocupação e discutiram a ineficiência do governo da Paraíba, através de seus órgãos de segurança pública, diante do ocorrido, e, ao mesmo tempo iniciaram uma luta organizada para sensibilizar a sociedade paraibana e cobrar urgente diligência do estado em capturar o fugitivo, trazendo de volta a sensação de um problema a menos já que o meio rural de toda a região já sofre com a onde de assaltos, furtos, roubos dentre muitas outras formas de violência e que vem fazendo com que diversas famílias fiquem ilhadas em suas moradias e outras passem a morar nas cidades com medo da violência que se registra.

“A gente fica indignada com essa questão porque a gente sabe que desde o início da história(morte de Ana Alice) ele tem uma regalia e é uma pessoa que não vista pela sociedade, uma pessoa que nos faz medo, então nós nos reunimos enquanto Comitê, vamos marcar uma reunião novamente do Comitê pra gente também mostrar para a sociedade, fazer uma campanha que é preciso a justiça ir atrás e prendê-lo além de que a gente quer entender porque é que ele fugiu do presídio, que isso nãopoderia ter acontecido”, explica a componente do Polo Sindical da Borborema Maria Giselda Bezerra Lopes.

O deputado Frei Anastácio(PT), participou do encontro e, ao falar ao Stúdio Rural, comentou o papel que o Comitê Ana Alice vem exercendo nessa e em outras causas que envolvem violência contra a mulher e ao mesmo tempo que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas vem construindo referência nesta temática, ao lado dos diversos outros sindicatos do Polo da Borborema e disse que situação semelhante seria infinitamente mais complexas não fosse o modelo de organização das entidades através do Comitê, acrescentando ser necessário muita ação e pressão sobre o governo para que imediatamente as polícias resgatem o fugitivo e a imagem da função do estado. “A sociedade ficou não só surpresa, mas que causa indignação a toda pessoa de sã consciência, e o estado é responsável de capturar Leônio, como também prestar informação, dar satisfação a sociedade paraibana, a família dela, ao Comitê Ana Alice do como foi que se deu essa fuga, porque se o homem era bem quisto, dito pelo próprio diretor do presídio, agora esse homem sai tranquilamente, escala um muro de cinco metros e nada acontece, ninguem vê, então o estado que estava com a guarda desse criminoso, o estado tem que dar explicação”, explica Anastácio ao dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural da Rádio Bonsucesso de Pombal, Rádio Serrana de Araruna e Rádio Queimadas FM.

Durante a reunião as entidades fizeram um resgate dos acontecimentos do ano 2012 quando do desaparecimento de Ana Alice, das ações empreendidas pelas comunidades para colaborar com a captura do indiciado que responde por estupro de diversas mulheres e uso ilegal de arma dentre outras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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