Incra sedia encontro do Comitê de Promoção da Saúde da População Negra do RN

O Comitê Técnico de Promoção da Política de Saúde Integral da População Negra e Quilombola do Rio Grande do Norte escolheu o auditório da Superintendência Regional do Incra no estado (Incra/RN), em Natal, para realizar sua primeira reunião ordinária.

A informação é da assessora da autarquia, Kalyandra Vaz, explicando que o evento aconteceu na manhã da última quarta-feira (6), contou com mais de 50 participantes representantes dos movimentos negros e quilombolas do estado, técnicos do Serviço de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra/RN, da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e da Secretaria de Estado de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Sejuc), além de representantes da Associação dos Falcêmicos do estado.
Um dos palestrantes da reunião, segundo Kalyandra, foi o coordenador-geral de Apoio à Educação Popular e à Mobilização Social do Departamento de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (Dagep/SGEP/MS), Rui Leandro da Silva Santos. “Para Rui Leandro da Silva Santos, as práticas preconceituosas e racistas resultantes dos séculos de escravização negra persistem nas relações sociais no Brasil até os dias de hoje e são um determinante importante na qualidade da saúde oferecida a milhões de brasileiros”, explica aquela assessora.
Ao dialogar com Stúdio Rural, Vaz explicou que de acordo com Eufrásia Ribeiro, responsável pela Subcoordenadoria de Informação, Educação e Comunicação (Siec) da Sesap, articuladora do Comitê, criado no final de 2014, a reunião teve por objetivo construir uma agenda de trabalho para o grupo e definir estratégias para a implantação efetiva, no Rio Grande do Norte, da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), sobretudo na atenção básica.
Vaz explicou ainda que algumas das principais atribuições do Comitê são elaborar propostas de intervenção referentes à questão da equidade racial/étnica na atenção à saúde envolvendo diversas instâncias e órgãos públicos; propor mudanças na cultura organizacional/institucional com vistas à adoção de práticas antirracistas e não discriminatórias; apoiar experiências de educação popular em saúde dos povos de matrizes africanas e estimular o processo de implantação de Comitês Técnicos Municipais de Saúde da População Negra e Quilombola no Rio Grande do Norte.
Ainda segundo aquela jornalista, a assistente social e ativista do movimento negro do Rio Grande do Norte há 30 anos, Elizabeth Lima, ressaltou a necessidade de integração das políticas públicas voltadas à população negra e quilombola, dizendo entender ser muito importante a reunião na sede do Incra por ser um órgão que já atua na promoção de políticas públicas para a população quilombola, através da regularização de seus territórios, um direito que também interfere na qualidade da saúde e no bem-estar desta parcela da sociedade brasileira.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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