Representações da agricultura familiar dos municípios da região de Itabaiana, pesquisadores da Embrapa, extensionistas da Emater, dentre outras entidades se reuniram na última quinta-feira(03) com o objetivo de discutir o cultivo do amendoim dentro de um novo projeto de produção integrada da cultura numa ação fomentada pelo Ministério da Agricultura via Embrapa.

O encontro aconteceu na Emater de Itabaiana, no Vale do Baixo Paraíba, e visa desenvolver um novo momento para a cultura com capacitações de agricultores, técnicos e públicos envolvidos e implementação de unidades de produção e referências que faça a produção do amendoim, dentro dos termos de produção integrada, com racionalização de insumos e tecnologias, ser bem mais eficiente. “A Embrapa vem atuando nesta região já desde muito tempo e atualmente, em informação que tivemos nesta reunião, existe pelo menos 300 hectares já plantados e é possível que essa área aumente, a nossa ideia é justamente capacitar o produtor para que através desta tecnologia ele possa melhorar as condições de desenvolvimento da cultura e, inclusive, se for possível, poder ampliar as áreas que ele tem com base nas tecnologias que vão ser disponibilizadas para os agricultores”, explica o pesquisador da Embrapa Algodão, Raul Porfírio de Almeida, em contato direto com o público ouvinte do Programa Domingo Rural e Programa Esperança no Campo deste final de semana.

Coordenador da Emater regional de Itabaiana, Paulo Emílio Carneiro de Souza participou do Domingo Rural e Esperança no Campo falando sobre as discussões trabalhadas na reunião, sobre o trabalho que as entidades vêm fazendo junto aos agricultores na produção do amendoim, sobre esse novo momento que visa integrar a produção da cultura na agricultura familiar e fez verdadeiro balanço do que os produtores fizeram para superar os seis anos de seca e sobre a retomada dentro desta nova cíclica das chuvas além de falar sobre a realização de um seminário que acontecerá no próximo dia 25. “Nossa região continua forte no cultivo do amendoim que já é uma cultura bem tradicional, na década de 1980/90 já chegamos a produzir em mais de mil hectares plantadas com amendoim, tivemos grandes dias de campo sobre o amendoim em parceria da Emater, com a Embrapa e Ministério da Agricultura e ainda continua forte”, explica aquele extensionista afirmando que a região ainda é o maior polo de produção do amendoim no Estado da Paraíba.

Dialogando com Stúdio Rural, Emílio diz que, apesar de não ter ainda dados reais de área plantada e famílias produzindo, acredita que 2018 será ano de grande produção naquela região do Vale. “Não temos ainda uma ideia clara da produção deste ano, a gente está fazendo um levantamento, inclusive uma das propostas neste encontro foi de a gente fazer esse diagnóstico, a gente vai cair em campo a partir de segunda-feira com a Emater em parceria com a prefeitura de Mogeiro, Itabaiana e São José dos Ramos onde vamos fazer esse levantamento dessa produção e acredito que com mais uns quinze dias a gente tenha dados concretos de área plantada, a que vai ser plantada e teremos ideia dessa produção”, explica ao contatar com Domingo Rural e Esperança no Campo.

Stúdio Rural entrevistou o secretário de Agricultura do município de Mogeiro, Severino Avelino da Silva, Bira, que repassa importantes informações sobre a realidade de produção e produtividade no município e na região, fala sobre o processo de superação da cíclica da seca(2012/2017) e garante que neste ano de 2018 cerca de 400 hectares estão sendo plantados só nas áreas de assentamentos dos principais municípios produtores. “Com esses seis anos de seca diminuiu muito a área cultiva com amendoim em Mogeiro, mas nós ainda somos o principal produtor do estado junto com os municípios do Vale do Paraíba”, comenta e assegura acreditar que esse será um novo momento para o soerguimento da cultura. “Aqui a agricultura familiar é diversificada, o pessoal trabalha o amendoim, trabalha a mandioca, trabalha o feijão, milho; e outros já estão diversificando com a criação da galinha caipira como mais uma fonte de receita”, explica Bira.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural