No Ceará: Pesquisa desenvolve queijos de leite de cabra com ervas e frutas da caatinga

Estimular a renda de produtores rurais nordestinos e, ao mesmo tempo, desenvolver novos queijos de leite de cabra com uso de frutas e ervas da caatinga. Estes são os objetivos do projeto Novas tecnologias aplicadas ao leite de cabra para o desenvolvimento de queijos utilizando produtos oferecidos no Bioma Brasileiro, que tem sido desenvolvido pela Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE), desde abril de 2009, sob a liderança da pesquisadora Selene Daiha Benevides, engenheira de alimentos e doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

A informação foi repassada pela assessora de comunicação daquela unidade de pesquisas, Adriana Brandão, que ao contatar com Stúdio Rural, justifica que de acordo com Selene, a Embrapa Caprinos e Ovinos já desenvolvia trabalhos com uso do orégano e pimenta no leite de cabra, mas esta iniciativa tem o diferencial de utilizar espécies do bioma caatinga e que a idéia de incrementar o queijo de leite de cabra com vegetais nativos partiu do professor José Matos, da Universidade Federal do Ceará (UFC), já falecido. “A pesquisadora adotou, no projeto, o óleo do pequi e a entrecasca do cumaru para a produção de queijos de coalho caprinos”, relata Brandão.

A jornalista informou ainda que a expectativa é contribuir para dar novas oportunidades de geração de renda aos produtores nordestinos, com o estímulo à exploração das ervas e frutas utilizadas para os queijos que na opinião da pesquisadora Selenen no Ceará, a atividade ainda carece de melhor organização, da existência de associações. “A pesquisadora vê vantagens em termos de incremento nutricional, por conta da presença de antioxidantes no pequi e do potencial fitoterápico do cumaru. Em 2010, a perspectiva é de intensificar os experimentos com os queijos, para observar as características biológica, físico-químicas, proteômicas, além de promover testes sobre as qualidades sensoriais, em supermercados de Fortaleza e Sobral, para avaliar a aceitação dos produtos no mercado”, explica.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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