Palma forrageira em manejo rotacionado com força do crédito aponta perspectivas para pecuária no semiárido

Agricultores, pecuaristas, estudantes, extensionistas rurais, educadores, lideranças de municípios da região e entidades diversas participaram, na última quinta-feira, 18 de abril, em Brejo do Cruz, Sertão paraibano, de um dia de campo sobre o Manejo Rotacionado da Palma Forrageira em novas dinâmicas que poderão apontar caminhos e impulsionar o fortalecimento da agricultura e pecuária no semiárido.

Agente de Desenvolvimento do Banco do Nordeste, regional Catolé do Rocha, Thiago Rodrigues Vitorino avalia que o evento foi de fundamental importância para disseminar a nova técnica que consiste num sistema de plantio da palma em unidades produtivas divididas em piquetes que, ao períodos apropriados, permite que o rebanho se alimente de forma estratégica diretamente no campo numa dinâmica que preserva o rebrote dos palmais, dispensa o uso de maquinários e outras tecnologias além de superar o entrave da escassa mão—de-obra no meio rural de toda região semiárida. “Avalio como de fundamental importância o nosso dia de campo sobre Manejo Rotacionado da Palma Forrageira que é uma técnica nova que vem sendo usada aqui em Itaporanga, na Paraíba, e estamos difundindo para o resto do estado onde o produtor usa o campo de palma pra fazer os piquetes e leva os animais pra pastejar direto na área de palma, não precisando utilizar a mão-de-obra para colher nem transportar, o próprio animal faz esse serviço, é uma técnica de reaproveitamento muito boa, o que o animal não consome não é desperdiçado porque vira semente, brota de novo onde foi consumido e a gente teve o prazer de apresentar aqui aos produtores do Médio Piranhas, com dez municípios atendidos por Catolé do Rocha”, explica Rodrigues Vitorino ao dialogar com Stúdio Rural.

O evento que, inicialmente esperava contar com 40 pessoas( Clique e veja ), contabilizou mais de noventa participantes de segmentos diversos, contou com momento em que informações foram repassadas, dúvidas foram tiradas e sugestões foram adicionadas no sentido de que a nova tecnologia passa ser replicada na pecuária da região. “Aqui, só em Catolé do Rocha, nós temos o Laticínio Catolé e a cooperativa Catoleite; só esses dois beneficiam cerca de 20 mil litros de leite/dia na região, fora outros laticínios que captam leite aqui na nossa bacia como a Isis, Santo Expedito, Laticínios dois irmãos, até mesmo o Laticínio Jucurutu do Rio Grande do Norte vem aqui captar leite em Belém do Brejo e alguns municípios vizinhos”, explica aquele agente BNB.

Thiago Rodrigues explicou que o produtor interessado em implantar essa nova tecnologia terá o apoio daquela instituição credora que financia o plantio da palma, o sistema em piquete, a energia solar para viabilizar os custos, irrigação dentro de linhas como o Pronaf Agroamigo, Mais Alimentos e o FNE Rural, de forma que os portes tipo agricultor familiar, baixa renda, até o grande produtor poderão ser atendidos dentro de suas linhas de crédito específicas. “Esse tipo de manejo direto da palma, através de piquete, já vem sendo utilizado há mais de três anos aqui na região de Itaporanga, consegue alimentar cerca de 20 matrizes por hectare, lá eles estão conseguindo alimentar esse rebanho, em 01 hectares, por cerca de quatro a cinco meses durante o período de maior escassez do ano, então é um silo na propriedade ao ar livre”, explica aquela liderança detalhando os recursos que são ofertados aos componentes familiares e lembrando ser um trabalho parceiro com Fazenda Eficiente e Instituto João Agripino, dentre outras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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