Pesquisador da Embrapa diz que resultados da ave caipira somam na força da agricultura familiar

A avicultura alternativa no contexto da agricultura familiar vem demonstrando fortalecimento de diversas famílias camponesas de diversos municípios da região e tende a ganhar força no meio dos produtores e do mercado consumidor já que oferece carne e ovos de excelente sabor e elevado nível na qualidade nutricional.

A afirmativa é do componente da Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, Valtemilton Vieira Cartaxo, ao dialogar com o público ouvinte das emissoras parceiras de Stúdio Rural e comentar os resultados do Dia de Campo acontecido no dia 17 de junho, na comunidade Canta Galo de Lagoa de Roça, fazendo uma exposição de resultados já alcançados pelos agricultores familiares congregados pela Cofap, cooperativa que organiza as famílias agricultoras para a produção agrícola e a conquista de mercados com linhas diversificadas composta por carne e ovos da falinha caipira criada por essas dezenas de famílias espalhadas pelas microrregiões do entorno de campina Grande. “Eu posso dizer, em nome da Embrapa e da própria Emater, que nós estamos satisfeitos pela mobilização que aconteceu neste evento, a gente está partindo de uma coisa que a Embrapa chama de escola de campo. Nós partimos aqui em dona Maria José de um aviário embrião financiado pelo Plano Brasil Sem Miséria esse projeto que a Embrapa coordena aqui no Território da Borborema e numa área de 7 metros quadrados nós construímos um aviário, fornecemos as primeiras 50 aves assegurando ração para os primeiros 60 dias e o que a gente ver aqui em dona Maria José é que houve um avanço extremamente surpreendente pela experiência que a Embrapa tem nos trabalhos que ela faz. Você vê que de dois anos pra cá ela migrou de um lote inicial de 50 e hoje ela tem uma estrutura produtiva com a família toda dentro produzindo onde ela, o esposo, os filhos dentro de uma coisa que a gente defendo muito na agricultura familiar que é o agricultor familiar que planta, cuida e colhe com a mão de obra de casa tirando da terra o seu sustento. E ela transformou isso dentro do espírito de parcerias com a Emater, com a própria Consulplan que foi quem selecionou a dona Maria José, posteriormente o contrato terminou com a Consulplan e a Emater assumiu e no lote seguinte depois ela se empolgou, pois sentiu que era uma oportunidade pra ela que antes trabalhava como doméstica e a partir daí ela ampliou a área do mini aviário pra 200 aves, depois ampliou esse aviário pra 450 e hoje ela construiu com financiamento do Pronaf, através da Emater, mais um espaço para 450 aves, então eu diria que é um crescimento extremamente interessante e a gente entende que a agricultura familiar pode fazer isso e ela precisa ser apoiada pra isso”, explica Cartaxo ao dialogar seu diálogo o público ouvintes da Rádio Queimadas FM e Rádio Serrana de Araruna via Programa Esperança no Campo e Programa Domingo Rural justificando que as políticas públicas estão sendo usadas com essas finalidades.

Cartaxo evidenciou a importância do mercado que envolve Campina Grande e os municípios da Borborema como tendo forte potencial de absorver ampla linha de produtos de cadeia produtivas diversas da agricultura local e garante que a avicultura vem somar com essa oferta de produto para essa carência de mercado. “O território está com Campina Grande que tem hoje 500 mil habitantes que consome a galinha caipira de manhã, de tarde, de noite e de madrugada, então é uma mão na roda e o processo roda melhor ainda com a Copaf que grande parceria indutora desse processo em que hoje os agricultores estão tendo a oportunidade de visitar o abatedouro que foi financiado pelo Governo do Estado através do Projeto Cooperar que está viabilizando a comercialização do frango diretamente com o grande mercado de supermercado e feiras dentro do Estado e até fora do estado também e pra nós é gratificante porque a gente consegue dar uma ignição nisso”, comemora aquela pesquisador embrapiano, justificando que aquela empresa pesquisa gergelim, amendoim, algodão, mamona e sisal, mas foi demandada diretamente pela presidência da república para coordenar o Brasil Sem Miséria no território.      

Ao dialogar com nossa equipe, Cartaxo explica que a tendência será a construção de unidades multiplicadoras de ideia a partir da área de produção já instaladas nos municípios da região. “Hoje temos um mercado garantido porque temos um abatedouro de qualidade dentro de todos os requisitos da tecnologia de produção e manuseio de produtos alimentares com SIF estadual e a coisa vai funcionar e outros municípios que tiverem a vontade de conhecer, o escritório da Emater pode dar todo o suporte sobre a forma de como começar, esse espaço aqui pode ser utilizado como escola de campo pra visita de agricultores de determinados municípios que hoje neste dia de campo cumpriram a sua grande missão de vir aqui pra se animarem já que dia de campo não é pra ensinar, é apenas para mostrar uma tecnologia e uma realidade que está acontecendo e o agricultor que está aqui pode levar para seu município e criar um grupo local de produção e fazer de seu espaço também um grande produtor no caso aqui da galinha caipira”. 
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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