Representante do PATAC repassa dicas de como construir uma cisterna calçadão

Para falar sobre como fazer uma cisterna calçadão, o Programa Domingo Rural desta semana entrevistou o técnico mestre de obras nas construções das cisternas, representante do PATAC, José Afonso Bezerra Matos(foto), que iniciou o diálogo informando ser importante que o trabalho de construção das cisternas calçadão seja desenvolvido em mutirão já que trata-se de um grande empreendimento nos moldes da agricultura familiar do semiárido, exemplificando a perfuração do buraco que é aproximadamente 7,4 metros de largura por cerca de 1,80 metros de fundura, trabalho que poderá também ser feito através de máquinas especializadas, mas lembrou que o mais importante é que o trabalho seja feito por pedreiro especializado no serviço. “Primeiramente a gente dá um curso técnicos para os pedreiros fazerem essas cisternas, e aí vem todo o processo de construção onde o pedreiros chega na comunidade e orienta as famílias para fazerem as placas que é a própria família que faz e depois o pedreiro vai iniciar a obra, cortando os ferros com a medida dos ferros, fazendo as estacas que é para a cobertura da cisterna e aí todo o processo até findar a construção da cisterna”, explica aquela profissional ao dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural deste domingo(23/05).

Afonso destacou o trabalho de fabricação das placas, lembrando que são placas feitas de areia bem lavada e cimento na proporção de 12 latas de areia para um saco de cimento, placas que serão sentadas como se faz normalmente com o tijolo somando quatro fiadas de placas que somarão 1,80 metros de altura, que na parte de fora é amarrado arames galvanizados número 12 circulando 40 voltas ao redor da cisterna, práticas que evitar rachaduras nos empreendimentos. “Além das laterais também tem o reboco internos e reboco externo. Tem um reboco externo que é para cobrir todo esse arame que foi circulado na cisterna que tem que ser todo coberto com uma massa de areia na faixa de 08 latas de areia para 01 saco de cimento e também tem o reboco interno que depois passa uma gorda e depois é que você vem com a parte da cobertura que é em forma de cuscuz ou forma de sobrinha guarda chuva, que é uma técnica mais fácil de fazer que pode ser feita na própria comunidade”, explica Afonso ao falar detalhadamente como se faz o acabamento da obra e lembrou que todo o material deve ser a base de areia.

Ele também falou como fazer o terraço, o calçadão que é destinado a aparar a água que cai e se desloque para o interior da cisterna. “Além da cisterna tem a calçada que a gente chama de calçadão e esse calçadão tem a medida de 200 metros quadrados, medida de 10 metros de largura por 20 metros de cumprimento, o que é suficiente para fazer essa capacitação para encher essa cisterna. O importante é que na escavação do buraco, não deixe esse buraco com menos de 1,90 metros de fundura porque você corre o risco de aterrar muito o calçadão o que vai dar muito trabalho e não vai ficar um trabalho bem feito”, relata Afonso falando sobre como fazer toda a camada de massa do calçadão de forma a resistir as intempéries do tempo e espaço dentre outras informações.

Após repassar informações diversas e importantes, Afonso teve o cuidado de lembrar aos ouvintes para o fato de que o mais aconselhado é estar em contato com profissionais e ou entidades na busca das informações corretas. “Interessante é essa pessoa ou entidade começar se inserir dentro do movimento da ASA Paraíba, em todos os Estados tem ASA, esse trabalho não é só aqui na Paraíba, é na região Nordeste, então todo estado na região Nordeste você vai encontrar uma entidade da ASA que você possa entrar em contato e ter melhores informações sobre esse projeto”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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