Domingo Rural evidencia crescimento de feiras agroecológicas e programa governamental de aquisição de alimentos

Falar sobre o crescimento das feiras agroecológicas na atualidade tomando como referência as feiras desenvolvidas pelo Pólo Sindical em Campina Grande e região além de falar sobre a inclusão dos produtos da agricultura familiar nos programas sociais do governo é que o Programa Domingo Rural deste domingo(23) evidenciou a realidade atual e as perspectivas de crescimento a médio e longo prazo já que pouco a pouco consumidores do setor urbano vêm aderindo ao movimento por uma agricultura e seus produtos com qualidade e sustentabilidade.

Para falar sobre o assunto, Domingo Rural conversou com o mobilizador social da ONG Arribaçã, Heleno Alves de Freitas(foto), que evidenciou a importância das feiras agroecológicas como conseqüência das ações desenvolvidas pelas entidades vinculadas á ASA Paraíba, Articulação no Semiárido Paraibano. Participante da feira enquanto consumidor, Freitas diz que comprar naquele espaço comercial representa estar apoiando as ações e apontando alternativas para as famílias produtoras que têm na produção o sustento da família. “O que nós temos de grande valia nesse trabalho de agroecologia e nas feiras agroecológicas é você conhecer e saber sobre a origem do produto, e nós sabemos que esses produtos são cultivados por famílias dedicadas á defesa do ambiente e da saúde livre de veneno e ele ter a compreensão da importância que está tendo para o meio ambiente e para a sociedade. Essa integração é fundamental para todos nós e o que nós temos que relatar cada vez mais é a qualidade do produto, nós podemos dizer com certeza que não temos em nenhum outro sistema de produção a qualidade que existe no produto agroecológico pela qualidade de conscientização dos produtores, dos consumidores e de todo ecossistema que compõe o sistema agroecológico, aqui essa feira pra mim é uma referência em encontrar também pessoas que pensam positivamente e fortalecem cada vez mais a linha da qualidade e da vivência para toda nossa sociedade”.

Freitas falou sobre a ampliação e intensificação na oferta de produtos que vem sendo desenvolvida nas feiras tomando como base o número de cisternas calçadão que estão sendo proporcionadas dentro do Programa Uma Terra e Duas Águas que é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome(MDS) com execução por parte das Unidades Gestoras vinculadas a ASA Brasil. “Os cisternões é mais uma ação fantástica desse governo que aí está e da sociedade civil organizada e é importante dizer que esses cisternões só vai dar resultado nas comunidades que estão organizadas e esse cisternão vai nos oferecer alimento de qualidade para as famílias, segurança alimentar na família, na comunidade e na cidade.

Ao dialogar com os ouvintes do Domingo Rural, Heleno disse acreditar que a tendência é de mais feiras serem abertas em municípios diversos que já trabalham com as entidades da ASA Paraíba gerando trabalho e renda para as famílias e para os municípios. “É importante que toda cidade abra a feira agroecológica para aproveitar os produtos vindos fruto desses cisternões que também tem outra intenção: de fomentar os bancos de alimentos criados pelo MDS e o PNAE que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar. É um sistema integrado onde o governo distribui junto com a sociedade civil os cisternões e do outro lado faz a política ‘plante que eu compro com garantia’, com preço justo e com qualidade e com isso ganha toda a sociedade, os alunos nossos filhos que estão na escola pública e vão ter uma alimentação escolar de qualidade, livre de venenos, livre de agrotóxicos e com sabedoria que ali não há exploração de mão de obra infantil, não há exploração da mulher e nem do homem, quer dizer: é um sistema integrado, a família produzindo para si própria, para atender a comunidade e recebendo por isso um preço justo numa economia solidária”, explica Heleno Freitas ao dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural deste domingo(23/05), dizendo tratar-se de programas que avançam rumo, não apenas ao crescimento econômico, mas também do crescimento Social.

Pra finalizar, Freitas aconselhou aos ouvintes que façam valer o que consta na lei em favor da agricultura familiar e da economia local, citando como exemplo a questão do PNAE que obriga os municípios comprarem no mínino 30% dos produtos alimentícios na agricultura familiar do município. “Meu recado é da organização, entrar para dentro das associações, pra dentro dos sindicatos rurais, cobrar das instituições públicas que seja federais, estaduais, ministério público para que seja cumprido a lei. Nós temos certeza que na Paraíba 10% dos prefeitos não estão cumprindo a lei, o próprio estado não está cumprindo a lei. Nós temos que ir buscar no ministério público porque é lei e se é lei tem que ser cumprida”, relata.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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