Uma experiência bem sucedida a partir de uma história de superação dos entraves provocados pelas secas foi contada no Programa Domingo Rural deste domingo(15) com a participação da agricultora familiar Maria Alves da Silva, residente na comunidade Fava de Cheiro, zona rural de Teixeira, Sertão paraibano, também da comunicadora social do CEPFS, Centro de Educação Popular e Formação Social, Renalle Benício; e do coordenador da entidade, José Dias Campos.

Na propriedade a agricultora faz registro de uma realidade do antes e do depois do processo de mobilização das entidades da ASA Paraíba, Articulação no Semiárido paraibano, coordenada pelo CEPFS, com atuação articulada naquele e em outros municípios da região. “Nossa comunidade, antes das cisternas e tanques de pedras para o aproveitamento das águas, era triste, a gente andava aqui com a lata, nós íamos em dois porque trazia duas latas numa distância de dois quilômetros da minha casa pra ir buscar água pra beber”, explica a agricultora informando que o tempo dos filhos e filhas ficava dedicado em concorrer espaço por uma lata d’água em um cacimbão e que hoje são diversas cisternas de placas, cisternas calçadão, tanques de pedras, dentre outras implementações que proporcionaram qualidade de vida para as famílias residentes na Fava de Cheiro. “Era numa cacimba, quando chegava ia esperar juntar água, chegava lá estava uma fila de gente, não era só minha comunidade, lá tinha várias comunidades que esperavam água dessa cacimba”, relembra, ao fazer amplo relato aos ouvintes do Domingo Rural, justificando que hoje tem água pra beber, para os animais e ainda para o processo de produção no arredor das residências.

Objetivando reunir, fotografar, filmar e expor experiências atuais da comunidade, o CEPFS realizou um encontro local na última sexta-feira(13), na residência da agricultora constatando uma diversidade produtiva destinada a segurança alimentar e excedentes que são vendidos no mercado urbano daquele município sertanejo. Nós visitamos Maria, agricultora da Comunidade Fava de Cheiro, a intenção da visita foi fazer umas fotos para nosso site, daí quando chegamos lá nos deparamos com uma experiência bastante diversificada, a gente já acompanha a família a bastante tempo, mas a cada dia que passa a produção dela está mais diversificada, tendo de  tudo um pouco”, explica a comunicadora popular da entidade, Renalle Benício, destacando pontos que chamam a atenção como o fato em que as tecnologias fizeram com que filhos e filhas que já estavam morando em outros estados e ou cidades voltassem a viver e produzir na comunidade. “Maria, também, através de apoios da instituição e outras instituições, conseguiu ter bom êxito em sua produção e realizou o sonho de ter junto com ela todos os seus filhos, inclusive Lusanira que estava em São Paulo” detalha aquela mobilizadora social.

“Compartilho com vocês(da Rádio) a maneira como os agricultores Marcos e Maria da Comunidade Fava de Cheiro, município de Teixeira, manejam os recursos naturais em sua propriedade para obterem melhores condições de vida, produzindo alimentos saudáveis para o consumo familiar e para compartilhar com outras pessoas na comunidade e na zona urbana a partir da venda do excedente da produção. Ao visitarmos esse casal de agricultores podemos constatar que na medida que há oportunidade, apoios, trocas de experiências, os saberes já existentes são potencializados e o manejo da propriedade passa a ter outro sentido tendo uma relação de impactos positivos na economia doméstica e também do ponto de vista da geração de renda”, explica o coordenador do CEPFS, José Dias Campos ao iniciar diálogo com nosso público ouvinte Stúdio Rural.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural