Objetivando conhecer experiências em agroecologia na região semiárida, representações nacionais e internacionais participantes do Seminário internacional construção da resiliência agroecológica em regiões semiárida, que aconteceu esta semana, em Campina Grande, se dividiram em grupos para visitar experiências exitosas com agroecologia em municípios da região do Polo da Borborema e Coletivo Regional do Cariri, Seridó, Curitaú acompanhadas por entidades da agricultura familiar articuladas pela ASA Paraíba, Articulação do Semiárido Paraibano.

Uma das experiências visitadas foi a da família do agricultor Luiz Pereira de Sousa(foto), na comunidade Salgado de Sousa, no município de Solânea, Curimataú paraibano, ação que é acompanhada pelas entidades do Polo dentro de uma dinâmica de financiamento por órgãos governamentais como Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome(MDS), Ministério do Meio Ambiente(MMA) dentre outras apoiadoras nacionais e internacionais. “A visita desse povo na propriedade no Salgado de Sousa foi de grande importância porque pude mostrar o processo de resistência e lá a gente fez uma visita em campo, visitando a propriedade, olhando os campos de palma reflorestados, olhando os tanques de pedra, as barragens subterrâneas, palma consorciada, mostrando a esse povo a importância que tem aquilo para nossa região que só choveu no ano de 2014 180 milímetros e com esses 180 mm, nós ainda estamos com água armazenada nas cisternas, a gente ainda tem uma cisterna lá que ainda tem cerca de 20 mil litros fruto da transferência da água de um grande tanque de pedra distante uns 700 metros e essa água é de boa qualidade, mostrando para o povo que a gente tem que preservar a nossa natureza e também valorizar os tanques que a gente tem, as cisternas que a gente tem, como eu falei para eles, as cisternas só veio trazer grandes benefícios para o povo do campo, que isso foi uma coisa fantástica que faz com que a gente esteja consumindo água de primeira qualidade hoje”, comemora Luiz Sousa ao dialogar com a equipe do Programa Domingo Rural.
Durante entrevista, aquele agricultor fala sobre um conjunto de ações estruturadoras desenvolvidas na unidade rural familiar e garante que sem essas ações não seria possível se manter no meio rural, garantindo que as entidades e governo têm conseguido implementar tecnologias que vêm mudando para melhor a vida das famílias articuladas e aproveitou para evidenciar o papel exercido pelo Programa Domingo Rural ao longo dessas quase duas décadas junto às comunidades e famílias agricultoras, junto as entidades sociais e aos órgãos de governo em geral. “Olha Tavares, eu acho que essa pergunta que você fez é de grande importância porque se a gente não tivesse esse trabalho junto ao sindicato e a AS-PTA preservando a natureza, conservando e guardando a silagem, a palma forrageira e reflorestando a propriedade seria difícil, a gente está com a criação de galinhas, criação de peru, uma criaçãozinha de gado e a gente está mantendo uma boa qualidade em carne, porque começamos com meio hectare de palma resistente mesmo sem a chegada da praga da Cochonilha do carmim lá, então estamos neste intervalo aí e quero agradecer a você porque está sempre nos nossos encontros e acho a palestra do Programa muito boa e você é um homem que valoriza muito o homem do campo unindo nosso trabalho com o seu, então quero lhe agradecer porque você tem um trabalho muito gratificante pra nós”, evidencia aquele agricultor ao dialogar com nosso público ouvinte.
Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural